Opinião Por que em Rondônia as mulheres participam timidamente da política? Publicada em 04/07/2020 às 10:46 A confirmação do adiamento das eleições municipais, que elegerão prefeitos, vices e vereadores de outubro para novembro (15 primeiro turno e 29 no caso de segundo turno) próximo ajusta o calendário eleitoral e leva os dirigentes partidários a correr na busca de nomes, para compor as nominatas. As convenções, que podem ser realizadas pela internet também foram adiadas de 20 de julho a 5 de novembro, para 31 de agosto a 16 de setembro. Nota-se que a cada eleição o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aperta o cinto dos dirigentes partidários, para ampliar a participação da mulher, que em passado recente não era muito bem vista na política. Apesar de todo o esforço da Justiça Eleitoral, para que a mulher conquiste mais espaço no mundo político, pois são mais confiáveis que os homens. Eles quase sempre são seduzidos pelas mordomias do segmento, facilidades em praticar o ilícito e estufar os bolsos. Rondônia nas décadas mais recentes teve participação ativa das mulheres nos principais municipais. Podemos citar as ex-deputadas estaduais e ex-prefeitas Sueli Aragão (Cacoal), Mileni Mota (Rolim de Moura), e a saudosa Lúcia Tereza (Espigão do Oeste). Destaque também para Inês Zanol e Juliana Roque, ambas de Pimenta Bueno; Sônia Cordeiro e Stella Mari Martoni, de Jaru; Joselita Araújo (Ouro Preto do Oeste), Rosani Donadon (Vilhena). Destaque para a vice-governadora de Ivo Cassol Odaísa Fernandes e a ex-deputada federal Marinha Raupp, de vários mandatos. Da nova geração de lideranças feminina na política estadual o destaque fica para a área federal. Dos oitos deputados de Rondônia, três são mulheres: Jaqueline Cassol (PP), Mariana Carvalho (PSDB) e Sílvia Cristina (PDT). A decepção é na Assembleia Legislativa (Ale), pois dos 24 parlamentares, somente duas mulheres: Cássia Muleta (Podemos-Jaru) e Rosângela Donadon (MDB-Vilhena). As mulheres enfrentam vários problemas para se firmar na política. Negar que há discriminação seria o mesmo que ignorar a realidade. As dificuldades são muitas, inclusive junto as mulheres, pois pesquisas de institutos renomados confirmam, que mesmo o eleitorado feminino sendo maior na maioria dos Estados e municípios, há sempre enorme dificuldade de a mulher votar em mulher. Preconceito? Talvez. Como as eleições municipais estão próximas, pouco mais de 4 meses a mobilização dos dirigentes partidários cresce, após a confirmação da votação para novembro próximo. Rondônia tem hoje, somente as prefeitas de Cacoal, Glaucione Rodrigues (MDB); Alto Paraíso, Helma Amorim (PTB); São Francisco do Guaporé, Gislaine Lebrinha (MDB), de Chupinguaia, Sheila Flávia (PV); de Cerejeiras, Lisete Marth (PV) e de Seringueiras, Leonilde Garda (PDT). Pouco mais de 10% das prefeituras de Rondônia são dirigidas por mulheres, número baixo para quem tem eleitorado igual ou superior ao masculino. As atenções sobre a força do eleitorado feminino nas eleições de novembro estão concentradas, hoje, em Porto Velho e Cacoal. Na capital a vereadora Cristiane Lopes, do PP é o diferencial, pelo menos até o momento na corrida pela sucessão do prefeito Hildon Chaves (PSDB, que deverá concorrer à reeleição. Hildon está entre os favoritos com pelo menos meia dúzia de nomes em condições de vitória, mas sempre tendo a sombra da vereadora, por enquanto a única mulher pré-candidata a prefeita de Porto Velho. No interior a disputa é mais acirrada. Em Cacoal, que já teve Sueli Aragão como uma das mais importantes expressões na política regional nas passagens pela prefeitura e Assembleia Legislativa, duas mulheres estão na disputa do comando Palácio do Café a partir de janeiro do próximo. A prefeita Glaucione Rodrigues, que já passou pela Ale e vem realizando um bom trabalho no comando do município é pré-candidata à reeleição. Assumiu um município com muitos problemas, mas vem conseguindo dar conta do recado. Glaucione terá pela frente a deputada federal Jaqueline Cassol (PP), que já declarou que é pré-candidata a prefeita. Eleição difícil, que deverá ser muito equilibrada. Glaucione tem a “máquina” da prefeitura, mas Jaqueline conta o apoio do irmão Cassol, que já foi prefeito de Rolim de Moura, governador em dois mandatos seguidos e senador. Caso o quadro atual se confirme em Cacoal, após as convenções partidárias para escolha dos candidatos teremos uma das eleições mais difíceis do Estado. São duas mulheres de significativo peso político e que servem de exemplo para os demais municípios. A mulher deve ser mais participativa na política, ocupar o espaço destinado a elas, que são tão –ou mais– capacitadas para exercer a política com a dignidade e seriedade necessárias a um representante eleito pela maioria da população. Fonte: Waldir Costa / Rondônia Dinâmica Leia Também Por que em Rondônia as mulheres participam timidamente da política? Prefeito Hildon Chaves inaugura nova iluminação em ruas do bairro Novo Horizonte Testes rápidos de Coronavírus comprados por Marcos Rocha não eram apenas caros; eles podem ser completamente inúteis Jornalismo perde o Mestre Jota Oliveira, testes rápidos deveriam ter postos paralelos ao drive thru para atender o pedestre, mulheres ditam as normas nas eleições em Cacoal Ministério Público de Rondônia notifica Fernando Máximo após denúncia: falta filtro umidificador no Cemetron Twitter Facebook instagram pinterest