Santander tem mais três novos casos de covid-19 em Rondônia e Superintendência regional negligencia informações e despreza recomendações da OMS

Mais três trabalhadores tiveram testes positivos para covid-19 no Santander em Rondônia, nas últimas 48 horas, dois na agência da avenida Sete de Setembro (sendo uma terceirizada) e uma bancária na agência da José de Alencar, ambas no Centro de Porto Velho. Agora o Santander totaliza cinco casos confirmados no Estado desde o início da pandemia.

De acordo com informações obtidas pelo Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), as duas agências foram fechadas nesta terça-feira, 30/6, e assim permanecerão por 14 dias.

Em contato com Diana Bispo, superintendente do Santander no Estado, o Sindicato reivindicou que o banco adotasse as medidas recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e pelas autoridades sanitárias, entre elas que as unidades passassem por processo de sanitização (desinfecção) feito por empresa especializada. No entanto, a superintendente apenas relatou que “o banco estaria cuidando de todos os procedimentos necessários”, mas que se o Sindicato que representa os trabalhadores quisesse detalhes sobre estes ‘procedimentos’, teria que contactar o Departamento de Relações Sindicais do banco.

“Ora, se o banco realmente estivesse adotando os procedimentos necessários, que a própria superintendente esclarecesse isso. Em vez disso negligencia informações de extrema importância não apenas para o Sindicato, mas para todos os trabalhadores e a população em geral, que já sofre diariamente com números assustadores de infectados e mortos”, destacou José Pinheiro, presidente do SEEB-RO, que adiantou que, caso estas informações não sejam repassadas o Sindicato novamente terá que acionar a Justiça para obrigar que o banco adote os procedimentos para assegurar a saúde e a vida dos trabalhadores.

“Apesar de afastar funcionários, o banco continua desprezando as recomendações das autoridades sanitárias e de saúde, que é executar um processo de sanitização, por empresa especializada, dos ambientes de trabalho onde surgiram os casos confirmados para, só depois deste processo, reabrir as agências. Mas o Santander entende que só fechar as unidades por 14 dias já é o suficiente para extinguir o risco da existência do vírus, entendimento completamente fora dos padrões das recomendações da OMS, por exemplo. Enquanto isso o banco apenas aumenta a pressão sob os trabalhadores, cobrando metas inatingíveis em plena pandemia e demitindo funcionários em todo Brasil, mesmo depois de assinar acordo de não demissão durante a pandemia”, destacou Clemilson Farias, diretor financeiro do Sindicato e funcionário do Santander.