OPINIÃO Bolsonaro ainda tem força para influenciar no resultado das eleições em Rondônia? Publicada em 27/08/2020 às 11:04 Porto Velho, RO – Em 2018, um candidato até então desconhecido do grande público agarrou-se à figura de um postulante popular no espectro nacional. Coronel Marcos Rocha, sem partido, hoje governador, venceu as eleições daquele ano se apresentando como aliado de Jair Bolsonaro, ignorando muitas vezes, a princípio, suas próprias credenciais. Repetiu a aliança como se fosse um mantra, e isto em todos os debates. Disse mais o nome do atual ocupante do Alvorada do que o dele próprio. A logística era tão objetiva que sequer um Plano de Governo original fora construído pelo PSL local, legenda à qual fazia parte; conforme apurou o Rondônia Dinâmica à ocasião, o de Rocha foi plagiado do PSDB de Aécio Neves e do adversário Expedito Júnior. Passados quase dois anos daquela peleja político-eleitoral, Porto Velho respira um novo pleito, que, por acaso, decidirá se recicla a Câmara de Vereadores e a Prefeitura da Capital ou não. A questão agora é: conhecendo a gestão de Bolsonaro e levando em conta o comportamento dos candidatos que ele ajudou a alçar ao poder – regionalmente falando –, apenas por surgirem ao seu lado manifestando apoio, o eleitor fará sua escolha levando em conta apenas isso? Ou seja, durante os embates basta ao pleiteante dizer: “Sou Jair Bolsonaro” e só? E mais: dada a manutenção do status célebre do mandatário-mor da União, os pré-candidatos quando oficializarem suas postulações terão a coragem necessária para criticar o que precisa ser criticado? Terão a decência de assumir posturas impopulares a fim de defender aquilo que acreditam? As indagações são importantíssimas, isto porque, observa-se, na própria Internet, o influxo presidencial na postura belicosa infligida por apoiadores na batalha campal cibernética. Um exemplo real desse mau comportamento ilustrou-se quando o senador Confúcio Moura, do MDB, publicou texto em seu blog particular alegando ter se arrependido do voto em Bolsonaro. Acossado pela audiência, deletou o conteúdo. Dias depois, quando quis abordar, de novo, nuances negativas sobre o atual governo federal, escreveu postagem genérica, nas entrelinhas, sem citar quem quer que seja, enfim, pisando em ovos: uma vergonha. Apesar de a covardia do congressista não ser medida oficial para avaliar comportamento alheio, torna-se arquétipo importante na discussão porquanto escancara o pavor, o medo, o temor de uma autoridade constituída democraticamente quando confrontada pelo fervor coletivo e beligerante da turba militante. E aí é necessário perguntar de novo: Quando oficializarem as candidaturas, os concorrentes à Prefeitura de Porto Velho e à Câmara de Vereadores demonstrarão bravura para bater de frente com a apaixonada militância bolsonarista ou farão como Confúcio Moura colocando o rabo entre as pernas? Mesmo envolto em polêmicas, Bolsonaro continua em alta, referendado por boa parte da sociedade; lembrando que no segundo turno das eleições, Rondônia (72,18%) foi o terceiro estado em todo o Brasil que mais votou nele em 2018, ficando atrás apenas do Acre (77,22%) e Santa Catarina (75,92%). Passados quase dois anos, qual será o seu grau de influência, positiva ou negativa, na eleição municipal em Porto Velho? Até que ponto candidatos sem expressão terão condições de se eleger apenas entoado seu nome? E como se portarão os postulantes quando chegar a hora da crítica? Ficam as questões. Fonte: Rondoniadinamica Leia Também Bolsonaro ainda tem força para influenciar no resultado das eleições em Rondônia? Atletas paralímpicos recebem Voto de Louvor do deputado Anderson Pereira Fred do Rally é o nome em Montalvânia para quebrar o ciclo pelo bem do município Confúcio Moura defende uma reforma que desburocratize o sistema tributário Vereador Edwilson Negreiros solicita e obtém obras da Prefeitura de Porto Velho no Bairro Aeroclube Twitter Facebook instagram pinterest