AGRONEGÓCIO Crescimento do agronegócio em Rondônia; O bom trabalho desenvolvido pelos técnicos da Idaron; Regularização fundiária na Amazônia Publicada em 14/08/2020 às 08:40 Cenário de recessão! No sábado (08), data em que o País registrou a fatídica marca dos 100 mil óbitos pelo Covid-19, ou coronavirus como queiram, constatei ao visitar dois pontos importantes na comercialização de produtos hortigranjeiros, em Porto Velho, como o Mercado Um na Sete de Setembro, assim como o Mercadão lá próximo do Caí na água. O cenário de crise econômica decorrente da pandemia que caminha para se agravar nos próximos meses, é uma realidade. Dois dias antes o senador Acir Gurgacz (PDT-RO), havia solicitado em pronunciamento no Congresso Nacional atenção do governo federal, inclusive, sugerindo que os pequenos produtores rurais façam parte do auxílio emergencial. Por coincidência, no sábado nestes dois pontos aqui na capital onde são comercializadas boa parte do que agricultura familiar produz veio a constatação de que o representante rondoniense estava com a razão. Ali, pequenos e micro-empresários estão com suas empresas, bares e lanchonetes, pontos de vendas de pescado e legumes e outros produtos praticamente abandonadas sem conseguir gerar empregos, impedidos pela ausência de clientes de fazer a economia girar. As vendas caíram por que muitos pequenos e médios restaurantes, assim como outros locais que comercializam alimentos ainda permanecem com as portas fechadas, demitindo funcionários e muitos sem previsão de reabrir. Os clientes tradicionais, que além da aquisição de legumes, hortaliças, pescados e outros gêneros que costumava tomar café com salgados preparados na hora, ou sucos com pastéis quentinhos, batendo papo e falando de política naturalmente desapareceram. Essa realidade reflete a face fria e triste que centenas de pessoas estão vivendo em Porto Velho nestes dias de pandemia. Um pequeno empresário que pediu para não ser identificado exclamou: “estou com mais de 70 anos e nunca vi uma crise destas”, apontando para as prateleiras vazias e muitos boxes fechados. Crescimento do agronegócio em Rondônia De 2011 a 2020, o crescimento do Valor Bruto da Produção em Rondônia (VBP) das lavouras saltou de RS 2,3 para 3,8 bilhões em números redondos, apresentando um acréscimo médio de 6% nos últimos cinco anos, o que representa 9,5% do Produto Interno Bruto (PIB) do estado. Na pecuária no mesmo período, avanço de R$ 5,1 para 8,2 bilhões, neste setor o crescimento foi na realidade de 8% nos últimos cinco anos representante 20,6% do (PIB), conforme relatório elaborado pelos técnicos da Secretaria de Agricultura (Seagri), que será apresentado aos investidores pelo secretário Evandro Padovani, no evento ago Lab Amazônia entre 22 e 24 de setembro, organizado pelo Sebrae. Musculatura do campo! Juntos o Valor Bruto da Produção (VBP), lavoura e pecuária de 2011 a 2020, partiu de R$ 7,4 para 12,060 bilhões com um crescimento de 7% em cinco anos acrescentando 30,2% no PIB estadual. A participação das cinco maiores culturas em Rondônia, de acordo com as prints apresentadas pelo secretário Evandro Padovani são: Pecuária de corte representando 57%, a soja 13%,o milho 6,6%, café 6,3%, assim como leite com 5,1%.Essa produção toda esta assentada em 118.600 pequenas propriedades rurais, 85%. 16.743 áreas médias produtivas, 12% e 4.186 grandes propriedades 3%, totalizando 139.529 áreas rurais, com a força e coragem do homem do campo empurram a economia de Rondônia para o alto. Abrindo as porteiras. O bom trabalho desenvolvido pelos técnicos da Agência Idaron, com o apoio do governador Marcos Rocha, o Ministério da Agricultura, por meio da Instrução Normativa 025 reconhece como área livre de febre aftosa sem vacinação, os estados de Rondônia, Acre Rio Grande do Sul, Paraná e parte dos estados do Amazonas e Mato Grosso. Para estes estados obter o reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como livre de febre aftosa sem vacinação, ainda é necessário que um amplo protocolo seja aprovado pela (OIE) permitindo então que a carne produzida por estas unidades da federação brasileira seja exportada para o Mercado Comum Europeu. Diante da pandemia do coronavirus e se não ocorrer nenhum acidente de percurso, essa liberação deve ocorrer lá por março de 2021. De qualquer forma as porteiras estão se abrindo. De olho nos pequenos! Atendendo uma média de 300 pequenos e micros empreendedores urbanos e rurais por semana, com financiamentos que variam de R$ 300 a 3 mil, podendo dependendo da situação chegar a R$ 30 mil, a equipe do Banco do Povo sob a batuta do presidente Manoel Serra e do diretor financeiro Aníbal Martins, vem se desdobrando neste momento de pandemia para atender as famílias que não tem acesso as grandes instituições financeiras. Com apoio do governador Marcos Rocha, o Banco do Povo representa uma parcela importante no processo produtivo de Rondônia. Para os grandes e médios O superintendente do Banco do Brasil, em Rondônia, Edson Lemos revela que somente no mês de julho, foram liberados para agricultura familiar pelo PRONAF, R$ 80 milhões e mais R$ 30 milhões para agricultura de precisão. Isso somente em um mês, a projeção do BB é de que os investimentos na safra 2020/2021 sejam em torno de R$ 1,7 bilhão em Rondônia liberando recursos aos médios, e grande agronegócio. Regularização fundiária Os organizadores do Agro lab Amazônia que contará com a presença de empresários, convidados e autoridades de vários países, num evento virtual que vem sendo preparado por técnicos do Sebrae, terá um amplo debate mediado pelo deputado Lúcio Mosquíni (PMD-RO) sobre a regularização fundiária na Amazônia, envolvendo secretários de agricultura e governadores da região Norte. Com certeza será uma ótima oportunidade para que técnicos e autoridades conheçam melhor as necessidades de se aprofundar neste debate importante para a sobrevivência dos pequenos produtores rurais e assentados pelo governo federal na região nos últimos 50 anos que ainda não receberam os documentos de suas áreas ocupadas e que estão produzindo. Até a próxima Não reconhecer que a crise que se aproxima é preocupante, bem como dizer que tudo corre às mil maravilhas no campo e nas cidades, seria como encobrir o sol com a peneira. Todavia, em Rondônia conforme os números reais que mostramos a situação ainda esta sob controle, com projeções de crescimento e equilíbrio principalmente na área do agronegócio. Mas, como dizia o velho profeta Curumeu, 300 anos antes de Cristo, “se a barba do vizinho tá ardendo vamos colocar a nossa de molho”. Fonte: José Luiz Alves Leia Também Orquestra Sinfônica Brasileira celebra 80 anos de existência Itália fecha boates em meio a aumento de covid-19 entre jovens Egito descarta materiais perigosos em portos, diz ministro Sindicato dos Trabalhadores no Poder Judiciário – SINJUR informa sobre andamento do trabalho de recadastramento de servidores Moscou diz que ajuda militar está disponível para Bielorrússia Twitter Facebook instagram pinterest