PRESO INJUSTAMENTE Detido há 37 anos sai da cadeia após se comprovar inocência Publicada em 27/08/2020 às 15:41 Robert Duboise, hoje com 56 anos, estava a cumprir prisão perpétua, depois de condenado em 1983 pelo assassínio de Barbara Grams, de 19 anos, que fora raptada, violada e espancada no regresso a casa após ter saído do trabalho um centro comercial em Tampa (Florida). A condenação de Duboise concentrou-se numa única prova: uma alegada dentada na cara da vítima. Um informador de uma cadeia também ajudou à condenação. Hoje, uma advogada da organização Innocence Project e outra da Unidade de Revisão de Penas do Condado de Hillsborough falaram numa audição no tribunal e desmontaram as provas falsas que levaram à prisão de Duboise. Os especialistas forenses provaram que a marca na cara da vítima não era proveniente de uma dentada e que as declarações do informador não eram credíveis. O juiz Christopher Nash decidiu, então, que Duboise, que cumpria a sentença numa prisão em Hardee Conty, também na Florida, fosse imediatamente libertado. Teresa Hall, a advogada da Unidade de Revisão de Penas -- entidade que se dedica a rever potenciais condenações erradas -, indicou ter revisto mais de 3.500 páginas do processo e que percebeu que muitas das provas físicas tinham sido destruídas. No entanto, acrescentou que conseguiu ter acesso ao 'kit' de violação no gabinete dos exames médicos e forenses do condado e que processou, depois, o ADN, cujo resultado, uma semana depois, excluiu Duboise. "Robert [Duboise] sabia que o ADN iria ilibá-lo. Mesmo depois de saber, há dez anos, que as provas biológicas foram destruídas, nunca desistiu", disse Susan Friedman, advogada do Innocence Project. Robert Duboise deverá sair em liberdade ainda hoje. A acusação e a defesa estão agora a lidar com o processo em duas fases, uma vez que a audição de hoje se destinava a obter uma redução da pena de Duboise. O juiz marcou para 14 de setembro próximo uma audição para ouvir uma moção para retirar formalmente todas as acusações a Duboise. "[Duboise] é um homem gentil e profundamente empenhado na sua fé. Hoje é o primeiro dia de que o sistema começa a reconhecer o que tem sido dito ao longo de 37 anos, que é um homem inocente e que foi erradamente condenado", sublinhou Susan Friedman. Desconhece-se ainda o que irá fazer judicialmente Robert Duboise, depois de 37 anos passados por erro judiciário na prisão. Fonte: Notícia ao Minuto - Portugal Leia Também Detido há 37 anos sai da cadeia após se comprovar inocência Codam aprova maior volume de investimentos em uma única pauta nos últimos quatro anos França intensifica medidas após aumento de casos de Covid-19 Negociações de paz no Afeganistão começarão 'na próxima semana' BNDES inicia novas contratações de crédito para folhas de pagamento Twitter Facebook instagram pinterest