EMBARGO DE ARMAS Irã comemora derrota na ONU de resolução americana que amplia embargo de venda de armas Publicada em 15/08/2020 às 09:46 O Irã celebrou neste sábado (15) o que chamou de "humilhação" sofrida pelos Estados Unidos, após o Conselho de Segurança da ONU rejeitar uma resolução proposta por Washington para ampliar o embargo sobre a venda de armas à república islâmica. Apenas dois dos 15 membros do Conselho votaram a favor da medida, o que mostra a divisão entre Washington e seus aliados europeus desde que o presidente Donald Trump se retirou, de modo unilateral em 2018, do acordo nuclear. "Os Estados Unidos fracassaram em sua conspiração", afirmou o presidente do Irã, Hassan Rohani, em uma entrevista coletiva. "Na minha opinião, este dia entrará para a história do Irã e para a história de luta contra a arrogância global", completou. Os aliados europeus de Washington optaram pela abstenção. Teerã ironizou a administração Trump por ter conquistado o apoio apenas de outro país, a República Dominicana. "Nos 75 anos de história das Nações Unidas, Estados Unidos nunca apareceram tão isolados", tuitou o porta-voz do ministério iraniano das Relações Exteriores, Abbas Musavi. "Apesar de todas as viagens, pressões e divulgação de boatos, o governo dos Estados Unidos só conseguiu mobilizar um pequeno país (para votar) com ele", completou. O resultado aumenta a probabilidade de que os Estados Unidos tentem forçar unilateralmente o retorno das sanções da ONU, o que, segundo analistas, ameaça levar o Conselho a uma de suas piores crises diplomáticas." O fato de que o Conselho de Segurança não atue com decisão em defesa da paz e da segurança internacional é imperdoável", afirmou o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, em um comunicado. O embargo sobre as armas expira em 18 de outubro, de acordo com os termos de uma resolução que aprovou o acordo nuclear do Irã, assinado em junho de 2015 e denominado Plano de Ação Integral Conjunto (JCPOA). Desde que o governo Trump se retirou do acordo e retomou as sanções contra o Irã, em uma campanha de "pressão máxima", Teerã pouco a pouco deixou de cumprir o acordo nuclear, mas tentou obter a suspensão das sanções que prejudicam a economia do país. Unilateralismo fracassará, diz China Os aliados europeus dos Estados Unidos, que ao lado da Rússia e da China assinaram o acordo com o Irã, apoiaram a extensão do embargo de armas convencionais de 13 anos, mas a prioridade desses países é preservar o JCPOA. O texto da resolução americana pedia uma prorrogação por tempo indeterminado do embargo ao Irã, uma medida considerada pelos diplomatas como uma ameaça ao acordo nuclear. O Irã afirma que a continuidade da proibição significaria o fim do acordo nuclear. Os resultados oficiais apontaram dois votos contrários e 11 abstenções, incluindo França, Reino Unido e Alemanha, aliados europeus dos Estados Unidos. Rússia e China votaram contra a resolução. "O resultado demonstra mais uma vez que o unilateralismo não goza de apoio e que a intimidação fracassará", tuitou a missão da China na ONU. Fonte: RFI Leia Também Irã comemora derrota de resolução americana que amplia embargo de venda de armas Ativista dos direitos da mulher é alvo de ataque no Afeganistão Justiça do Trabalho interdita Sindicato dos Vigilantes de Rondônia após prorrogação de mandato da diretoria Com inscrições abertas, pesquisadores de Rondônia podem apresentar projetos do Programa de Pesquisa para o SUS Prefeitura de Porto Velho promove eleição do Conselho Municipal de Educação Twitter Facebook instagram pinterest