ALERTA Reino Unido corre risco de segunda onda de covid-19 duas vezes maior Publicada em 04/08/2020 às 14:15 O Reino Unido terá uma segunda onda de covid-19 no próximo inverno do Hemisfério Norte duas vezes mais ampla do que o surto inicial se reabrir as escolas sem um sistema mais eficiente de testes e rastreamentos, segundo um estudo publicado hoje (4). Pesquisadores do University College e da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres modelaram o potencial impacto de disseminação do coronavírus se as escolas forem reabertas, em período integral ou meio-período, permitindo que os pais voltem ao trabalho. Concluíram que a segunda onda pode ser evitada se 75% das pessoas com sintomas forem identificadas e testadas e 68% de seus contatos forem rastreados, ou se 87% das pessoas com sintomas forem identificadas, e 40% dos contatos, testados. “No entanto, também prevemos que, na ausência de uma cobertura suficientemente ampla para testagem-rastreamento-isolamento, a reabertura das escolas acompanhada da reabertura da sociedade em todos os cenários pode induzir uma segunda onda de covid-19”, afirmou o estudo, publicado no jornal científico The Lancet Child and Adolescent Health. “Os resultados de nosso modelo sugerem que a completa reabertura das escolas em setembro de 2020, sem uma estratégia eficiente de testagem-rastreamento-isolamento resultaria em uma taxa R acima de 1 (em que uma pessoa infectada transmite o vírus para pelo menos mais uma pessoa) e em uma segunda onda de infecções que chegaria ao pico em dezembro de 2020 e seria 2 ou 2,3 vezes maior do que a onda original de covid-19.” A autora principal do estudo, Jasmina Panovska-Griffiths, disse que o sistema de testagem e rastreamento da Inglaterra estava chegando atualmente a apenas 50% dos contatos das pessoas que testaram positivo. Panovska-Griffiths, professora de modelagem matemática na University College de Londres, disse à rádio BBC que os piores cenários ainda podem ser evitados. “O importante do que descobrimos é que é possível evitar uma segunda onda da epidemia se um determinado número de pessoas com infecções sintomáticas for diagnosticada. Seus contatos podem ser rastreados e efetivamente isolados”, disse. “Somos o primeiro estudo que quantificou isso, o quanto isso precisa ser feito no Reino Unido.” Escolas no Reino Unido fecharam em março, durante a quarentena nacional, exceto para crianças de trabalhadores essenciais, e reabriram para um pequeno número de alunos em junho. No entanto, o governo diz que todos os alunos voltarão às escolas ao redor do Reino Unido até o começo de setembro, com o primeiro-ministro Boris Johnson dizendo que essa é uma prioridade do país. “Eu acho que todos aceitamos que o teste e rastreamento é um programa que precisa continuar a melhorar. Há total humildade do governo em relação a isso”, disse o ministro júnior de governos locais Simon Clarke, à rádio BBC. “Aceitamos completamente que precisamos continuar a fazer esses números subirem”, disse. Fonte: Agência Brasil Leia Também Reino Unido corre risco de segunda onda de covid-19 duas vezes maior Gasto com presente do Dia dos Pais será menor este ano, diz Alshop Forte explosão na região portuária de Beirute deixa vários feridos Ministro exonera diretor de secretaria de operações integrada Programa Vigia inaugura base fluvial para combate ao tráfico Twitter Facebook instagram pinterest