ECONOMIA Retração do PIB no segundo trimestre pode chegar a 10% Publicada em 18/08/2020 às 14:13 A economia brasileira deve apresentar retração entre 8% e 10% no segundo trimestre deste ano, comparado ao período anterior. A projeção é da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia (SPE), que divulgou hoje (18) nota informativa sobre os impactos fiscais das medidas de combate à pandemia de covid-19 no país. No primeiro trimestre de 2020, o Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, registrou queda de 1,5%, em comparação aos três meses anteriores. “A evolução do PIB no primeiro semestre de 2020 reflete a crise causada pela interrupção do comércio e das atividades normais da sociedade. No primeiro trimestre, muitas das grandes economias registraram quedas expressivas do produto trimestral, mas inferiores a 10%. No segundo trimestre, as quedas foram ainda mais impactantes, com muitos países registrando valores acima de 10%. O PIB brasileiro teve queda de 1,5% nos primeiros três meses de 2020 e projeta-se contração em torno de 8% a 10% no segundo trimestre, em comparação ao trimestre imediatamente anterior”, diz a SPE. Para todo o ano de 2020, a estimativa é de queda de 4,7% do PIB. Se a queda do PIB por dois trimestres consecutivos se confirmar, o país entrará em recessão técnica. O resultado do PIB no segundo trimestre será divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no dia 1º de setembro. Esforço fiscal As medidas de enfrentamento à crise gerada pela pandemia devem gerar impacto fiscal de 7,3% do PIB projetado para 2020, acima da média de 4,1% para 17 países em desenvolvimento e também acima da média 6,3% de 30 países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de acordo com a secretaria. A maior parte do esforço fiscal se deve ao auxílio emergencial. O total de despesas direcionadas ao enfrentamento da crise é de R$ 505,4 bilhões. “O impacto fiscal não se resume às despesas. Do lado da receita (redução de alíquotas, desoneração de IPI, redução do IOF crédito, desoneração de PIS/Cofins e suspensão de pagamento de dívidas previdenciárias), a Secretaria Especial de Fazenda registra impacto negativo de R$ 20,6 bilhões”, acrescenta a secretaria. O déficit primário estimado para o Governo Central - Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central - é de R$ 787,4 bilhões e para o setor público consolidado (incluídos estados e municípios), de R$ 812,2 bilhões, quase sete vezes a meta de déficit primário para 2020, fixada em R$ 124,1 bilhões na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Entretanto, o Congresso Nacional reconheceu estado de calamidade pública gerada pela pandemia e, com isso, dispensou o cumprimento da meta fiscal neste ano. O resultado primário é formado por receitas menos despesas, sem considerar os gastos com juros. “A dispensa de contingenciamento [bloqueio de gastos] obtida pelo governo é da ordem de R$ 600 bilhões. Observe-se que o governo federal tem reiterado e excepcionalidade dessas medidas, a observância do teto de gastos e a manutenção da responsabilidade fiscal”, ressaltou a SPE. Fonte: Agência Brasil Leia Também Maia diz que atuará contra a criação de imposto que seja cumulativo Covid-19: Anvisa autoriza testes para nova vacina da Johnson & Johnson Projeto de Lei que beneficiará instituições filantrópicas com recursos aguarda aprovação do Legislativo de Rondônia CONCAFÉ: Rolim de Moura recebe carreta do concurso estadual de qualidade do café Governo cumpre metas com destinação de recurso para construção de 25 Centros de Assistência Social em Rondônia Twitter Facebook instagram pinterest