VENEZUELA Supremo impõe nova direção a mais dois partidos políticos Publicada em 26/08/2020 às 15:52 A decisão do STJ ocorre depois de na semana passada os partidos Tupamaro e o Pátria para Todos, ambos afetos ao regime, terem sido alvo de idêntica medida, elevando para sete o número de formações políticas em que o Supremo interveio, sendo que quatro deles são da oposição. Em dois curtos comunicados o STJ explica que o novo presidente do BR, Pedro Celestino Veliz, está autorizado a apresentar a candidatura às eleições legislativas previstas para 06 de dezembro de 2020. Noutro comunicado, indica-se que Olga Alejandra Morey será a nova coordenadora nacional do Compromisso País e que está igualmente habilitada a apresentar a candidatura do partido para as próximas eleições. Fundado em 1970 como uma frente guerrilheira surgida de uma divisão do Movimento de Esquerda Revolucionária, o Bandera Roja é um partido marxista-leninista que se opôs ao falecido Hugo Chávez, Presidente da Venezuela entre 1999 e 2013, e agora ao atual chefe de Estado, Nicolás Maduro. O BR integrou a extinta aliança opositora Mesa de Unidade Democrática e em 2018 apoiou a candidatura presidencial de Henri Falcón. Entre 2014 e 2017 organizou vários protestos contra Nicolás Maduro. Desde junho de 2015 estava legalmente impedido, pelo STJ, de participar em processos eleitorais. O Bandera Roja já tinha anunciado que não participaria nas eleições legislativas de dezembro por considerar que são "uma fraude". Por outro lado, o pequeno partido Compa, faz parte da Alternativa Popular Revolucionária (APR), criada recentemente por nove partidos afetos ao 'chavismo' que se distanciaram do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV, o partido no poder). Em 21 de agosto o STJ suspendeu a direção do partido de esquerda Pátria Para Todos (PPT), que fazia parte do Grande Polo Patriótico (GPP, aliança de partidos afetos ao regime). O STJ nomeou uma junta de direção provisória "para levar o cabo o necessário processo de reestruturação" desse partido, presidida por Ilénia Medina, na qualidade de secretária nacional do partido, e pelas secretárias gerais regionais Lisett Sabino e Beatriz Barráez. Na terça-feira, dia 18 de agosto, o STJ suspendeu a direção do partido Tupamaro, uma organização venezuelana de ideologia comunista que também fazia parte do GPP. O STJ ordenou ainda que o partido seja reestruturado e nomeou uma junta de direção provisória, presidida por Williams José Benavides Rondón, a quem autorizou a utilização do cartão eleitoral, símbolos, emblemas, cores e conceitos do partido. Tanto o PPT como o Tupamaro já tinham manifestado a disposição de participar nas eleições parlamentares previstas para 06 de dezembro, em apoio ao Presidente Nicolás Maduro. Em 16 de junho o STJ suspendeu as direções dos partidos opositores Primeiro Justiça e da Ação Democrática e a 07 de julho suspendeu a liderança da Vontade Popular. O STJ nomeou juntas provisórias de direção, e ordenou a reestruturação dos três partidos opositores e a suspensão da expulsão de militantes. A oposição diz tratar-se de uma manobra de preparação "para uma nova farsa eleitoral", em que o regime, liderado pelo chefe de Estado Nicolás Maduro, decide quem preside os partidos. A Venezuela tem, desde janeiro, dois parlamentos parcialmente reconhecidos, um de maioria opositora, liderado por Juan Guaidó, e um pró-regime, liderado por Luís Parra, que foi expulso do partido opositor Primeiro Justiça, mas que continua a dizer que é da oposição. Fonte: Notícia ao Minuto - Portugal Leia Também Supremo impõe nova direção a mais dois partidos políticos Confira a previsão do tempo para esta quinta-feira em Rondônia Dinamarca estabelece multa pesada para quem não usar máscara nos transportes públicos Rússia prepara aprovação de segunda vacina, diz vice-premiê Representantes do comércio e Suframa discutem ações para fomentar o setor no Amazonas Twitter Facebook instagram pinterest