CONFLITO Armênia e Azerbaijão trocam acusações sobre novos ataques longe de região sob disputa Publicada em 29/09/2020 às 14:39 Como sinal de que os combates estão se espalhando, Armênia e Azerbaijão trocaram acusações nesta terça-feira (29) sobre ataques ocorridos longe da região separatista de Nagorno-Karabakh, onde os confrontos entraram no terceiro dia consecutivo. O Ministério das Relações Exteriores armênio relatou nesta terça a primeira morte em seu território propriamente dito. Trata-se de um civil, segundo o governo, morto em um ataque azeri na cidade de Vardenis, localizada a mais de 20 km de Nagorno-Karabakh. Ministério da Defesa da Armênia afirmou que as forças armadas do Azerbaijão atacaram uma unidade militar em Vardenis e que um ônibus com civis armênios também pegou fogo após ser atingido por um drone azeri. Não ficou claro se a morte civil relatada resultou desse incidente. Já o ministério da Defesa do Azerbaijão disse que o exército armênio bombardeou a região de Dashkesan, que fica em seu território. A Armênia nega as acusações, de acordo com a Reuters. O presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, disse que 10 civis foram mortos por bombardeiros armênios desde domingo. Não havia informações oficiais sobre baixas entre tropas azeris. Confrontos Dezenas de pessoas morreram e centenas ficaram feridas desde o início da atual onda de violência que eclodiu no domingo (27) em Nagorno-Karabakh, também conhecida como Artsakh. Com a escalada militar, os dois países declararam lei marcial — ou seja, ambos os governos preparam as populações para uma possível guerra. Se o conflito evoluir para uma guerra, pode atrair as grandes potências regionais Rússia e Turquia. Moscou tem uma aliança de defesa com a Armênia, enquanto Ancara apoia o Azerbaijão. Por isso, os combates, considerados os mais violentos desde 2016, provocaram inquietação internacional e levaram ONU, Rússia, França e Estados Unidos a pedir um cessar-fogo imediato. Nesta terça, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, fez um novo apelo para que os dois países cessem as hostilidades. Pela região do sul do Cáucaso passam oleodutos que transportam petróleo e gás para os países ocidentais. Disputa territorial antiga A região de Nagorno-Karabakh, que tem a maioria da população é armênia, separou-se do Azerbaijão em uma guerra na década de 1990, mas não é reconhecida como uma república independente por nenhum país da Organização das Nações Unidas (ONU). As disputas territoriais entre Armênia e Azerbaijão precedem a criação da União Soviética (URSS), em 1922 - a URSS englobou o território dos dois países nos quase 70 anos de existência. A região abriga quase 150 mil pessoas em um território encravado nas fronteiras dos dois países. Dessa população, segundo dados apresentados pelo governo armênio, 95% têm origem armênia. De um lado, armênios argumentam que são a maioria étnica e, por autodeterminação dos povos, têm direito ao controle de Nagorno-Karabakh. Do outro, os azeris entendem que também têm aquela região como parte do território histórico do Azerbaijão. Fonte: G1 Leia Também Armênia e Azerbaijão trocam acusações sobre novos ataques longe de região sob disputa Falta de consenso adia instalação da Comissão de Orçamento Nasa inicia experimentos com um novo protótipo de banheiro Uma campanha atípica; Caiu como uma bomba a operação “Reciclagem” ; O desaparecimento de Fernando Máximo Incêndio de grandes proporções atinge Parque de Ibitipoca, em Minas Twitter Facebook instagram pinterest