COLORADO DO OESTE Com casa ao ponto de ser levada por erosão, moradora cobra providências de prefeito Publicada em 12/09/2020 às 10:04 Nauany Roberta Blan, de 28 anos, moradora da rua Minas Gerais, bairro Mato Grosso, em Colorado do Oeste, vive um drama há quase 03 anos, devido aos dois terrenos que possui estarem sendo destruídos por uma erosão causada pela liberação da Vigilância Sanitária do município, permitindo a um mercado próximos aos imóveis despejar o esgoto em sua propriedade. A jovem, que afirmou não ter sido consultada sobre a liberação, quando foi permita a passagem do esgoto do mercado entre seus dois terrenos, alegou ainda que, além das erosões, a situação causa muito odor no local e o aparecimento constante de animais selvagens, até mesmo peçonhentos. “Teve uma vez que um teiú entrou dentro da minha casa e bateu no meu cachorro. Quase morri de susto e, devido ao cheiro horrível que o esgoto causa, tive que retirar meus avós de casa e meus gastos tem sido enormes para mantê-los”, relatou Nauany. A moradora relatou ainda já ter solicitado a presença da Vigilância Sanitária no local, tendo o órgão comparecido a cerca de um mês, porém, nenhuma providência foi tomada, assim como também já procurou a prefeitura várias vezes para que seja realizado o manilhamento do local, chegando até mesmo a denunciar o caso na promotoria, no entanto, sua situação só se agrava. “Tenho medo de que, nas chuvas que se aproximam, a erosão leve minha casa de vez”, relatou a mulher, que apresentou o arquivo de várias conversas que teve com um vereador, relatando seu caso, no entanto, nada foi feito. O prejuízo sofrido pela jovem, que vê a cada dia seus terrenos sendo destruídos sem poder fazer nada, também é compartilhado por seu vizinho, Fernando Ferreira Bezerra, de 31 anos, que sofre com o mesmo problema, uma vez que o esgoto também corta seu quintal . O imóvel já chegou a receber uma máquina da prefeitura, porém, ao invés do manilhamento solicitado, foi feita apenas uma cobertura do esgoto com terra, que além de não resolver, agravou ainda mais a situação, empoçando a água. “O secretário de Planejamento já chegou a me dizer que, por ser propriedade particular, teríamos que fazer uma espécie de associação com a prefeitura, em que compraríamos as manilhas e eles realizavam o serviço, mas recusamos, pois quem permitiu a liberação do esgoto no nosso quintal não fomos nós”, relatou Nauny. Por fim, os moradores relataram que os fiscais da prefeitura já chegaram a alegar que as erosões são causadas por águas pluviais, no entanto, relatam que tal afirmação não procede, uma vez que as águas da chuva não causam o mau cheiro que que há no local. A reportagem do site falou com Flávio Araújo Teixeira, secretário de Planejamento de Colorado, e ele afirmou que o prefeito Ribamar Oliveira (PSB) já está ciente da situação e se comprometeu em resolver o problema. Porém, como é necessário usar uma máquina grande para realizar a canalização do local e alguns maquinários estão quebrados, estando apenas uma pá carregadeira a disposição para atender a demanda do município, o secretário afirmou que ainda levaria cerca de 60 dias para que a obra na propriedade dos moradores tevesse início. “Estamos acompanhando e entendemos a moradora, mas não é por falta de vontade de fazer, e sim pela falta de maquinário, pois estamos com duas pás carregadeiras quebradas”, concluiu Flávio. Mesmo os moradores esperando há 03 anos por providências, sem respostas da promotoria ou por parte da Prefeitura Municipal, após dois dias do contato feito pela reportagem do site, a Secretaria de Obras chegou a enviar uma máquina ao local e deu início à obra de manilhamento, porém, com apenas um dia de trabalho, o serviço foi abandonado, sob a alegação de que a instituição só conta no momento com um pedreiro que é o responsável pela fabricação da caixa de escoamento do esgoto, porém, este se encontra de férias. Fonte: Folha do Sul Leia Também Com casa ao ponto de ser levada por erosão, moradora cobra providências de prefeito Tensão aumenta em Lesbos, onde as autoridades preparam novo campo de migrantes Município registra seis óbitos em sete dias pela covid-19; em todo o Estado foram 14 as mortes nas últimas 24 horas Categorias informais são indenizadas 5 anos após desastre em Mariana Covid-19: Merck Sharp & Dohme recruta voluntários para testes Twitter Facebook instagram pinterest