TESTES CLÍNICOS Dasa fará testes no Brasil de vacina contra Covid-19 em desenvolvimento pela Covaxx Publicada em 09/09/2020 às 14:50 O laboratório Diagnósticos da América (Dasa) anunciou, nesta quarta-feira (9), acordo para conduzir no Brasil estudos das fases clínicas 2 e 3 de uma candidata a vacina contra a Covid-19 que está sendo desenvolvida pela Covaxx, uma unidade da United Biomedical, empresa internacional com unidades nos EUA, China e Taiwan. O cofundador da Covaxx Peter Diamedes afirmou, em entrevista coletiva realizada pela internet, que a vacina baseada em peptídeos está na fase 1 de testes em Taiwan. O diretor médico da Dasa, Gustavo Campana, disse que um protocolo de testes será submetido à Anvisa em dezembro. O estudo das fases 2 e 3 será realizado com no mínimo 3 mil brasileiros para avaliar se a vacina provoca resposta imune e para definir as doses de segurança necessárias e a eficácia da vacina da Covaxx, informou Campana. 'Alta reação imunológica' Com metodologia própria, a vacina da COVAXX é baseada em peptídeos (compostos de aminoácidos) e foi projetada para disparar resposta celular, que daria uma imunidade mais duradoura, e de anticorpos ao mesmo tempo, estimulando o organismo a produzir "alta reação imunológica", segundo informam seus desenvolvedores. “Dependendo das respostas dos estudos clínicos de fases 2 e 3, a vacina poderá ser aplicada em dose única”, disse Campana. Por ser 100% sintética, portanto, sem uso de vírus em sua fabricação, a chamada vacina UB-612 tem baixo risco biológico e não requer tempo para cultivo de vírus, o que, segundo a fabricante, proporciona maior escalabilidade da produção. A COVAXX estima que poderá produzir 100 milhões de doses no primeiro quadrimestre de 2021 e 500 milhões em 2021. Etapas da vacina Antes de começar os testes em voluntários, a vacina passa por diversas fases de experimentação pré-clinica (em laboratório e com cobaias). Só após ser avaliada sua segurança e eficácia é que começam os testes em humanos, a chamada fase clínica – que são três: Fase 1: é uma avaliação preliminar da segurança do imunizante, ela é feita com um número reduzido de voluntários adultos saudáveis que são monitorados de perto. É neste momento que se entende qual é o tipo de resposta que o imunizante produz no corpo. Ela é aplicada em dezenas de participantes do experimento. Fase 2: na segunda fase, o estudo clínico é ampliado e conta com centenas de voluntários. A vacina é administrada a pessoas com características (como idade e saúde física) semelhantes àquelas para as quais a nova vacina é destinada. Nessa fase é avaliada a segurança da vacina, imunogenicidade (ou a capacidade da proteção), a dosagem e como deve ser administrada. Fase 3: ensaio em larga escala (com milhares de indivíduos) que precisa fornecer uma avaliação definitiva da sua eficácia e segurança em maiores populações. Além disso, feita para prever eventos adversos e garantir a durabilidade da proteção. Apenas depois desta fase é que se pode fazer um registro sanitário. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para se fazer um ensaio clínico no Brasil, é preciso da aprovação do Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep), órgão vinculado ao Ministério da Saúde. Os voluntários são recrutados pelos centros de pesquisa. Fonte: G1 Leia Também Dasa fará testes no Brasil de vacina contra Covid-19 em desenvolvimento pela Covaxx Economia com reforma administrativa deve chegar a R$ 300 bilhões Câmara adia votação de projeto para reabertura do Conselho de Ética Campos Neto diz que Pix reduzirá custos para as empresas Há 14 dias, 321 municípios paulistas não registram óbitos por covid-19 Twitter Facebook instagram pinterest