CADIDATURA Fracasso de Alcolumbre para reeleição pode rachar o MDB Publicada em 13/09/2020 às 13:55 BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS) - Eventual fracasso na tentativa do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), de viabilizar sua candidatura à reeleição pode resultar em um efeito colateral em outra legenda, o MDB. O partido, o maior da Casa, já tem três integrantes cotados para a vaga e corre o risco de uma conflagração interna a exemplo do que viveu em outras ocasiões. Eduardo Braga (AM), que é líder da legenda na Casa, Simone Tebet (MS), presidente da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), e Eduardo Gomes (TO), líder do governo no Congresso, tendem a disputar a vaga, caso Alcolumbre não se viabilize. Márcio Bittar (AC), que é relator da proposta orçamentária e da PEC (proposta de emenda à Constituição) do Pacto Federativo, chegou a ser cotado para a disputa pela sua proximidade com o governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Ele, contudo, nega que esteja em busca de voto. "Se o Davi [Alcolumbre] não puder ser candidato, vai abrir uma discussão forte na bancada do MDB. Hoje, eu vejo mais motivação no Eduardo Gomes e no [Eduardo] Braga para a disputa, mas se colocar a Simone [Tebet] piora a conta para mim e para outros também, que teremos de escolher", diz Bittar. Eduardo Braga reforça que a única forma de o MDB não partir para a disputa pelo cargo é a manutenção de Alcolumbre no pleito interno. "Obviamente que, não tendo o Davi, o MDB tem todo o direito de postular nomes para a disputa. É claro que ninguém é candidato de si próprio, mas nome é o que não falta ao MDB", afirma. Simone Tebet e Eduardo Gomes não quiseram se manifestar. Na última disputa, em 2019, o MDB rachou entre as candidaturas de Tebet e de Renan Calheiros (AL), que acabou levando a melhor, internamente, mas foi derrotado por Alcolumbre. A Constituição veda reeleições na mesma legislatura, como é o caso agora, mas o presidente do Senado e seus aliados tentam emplacar no Supremo Tribunal Federal outra interpretação, além de não descartarem a saída mais difícil de tentar aprovar uma emenda constitucional. Ao longo dos últimos meses, Alcolumbre tenta se firmar como a opção de Bolsonaro para se manter por mais dois anos à frente da Casa –seu mandato vence em janeiro. Ele tem falado constantemente com ministros do STF, ex-presidentes da corte e ex-presidentes da República. A advocacia do Senado já defendeu no STF que os presidentes da Casa e também da Câmara dos Deputados podem ser reeleitos. O deputado federal Rodrigo Maia (DEM-RJ), no comando da Câmara já por três mandatos consecutivos, diz não ser candidato, mas parlamentares afirmam, nos bastidores, que ele concorrerá caso a Justiça dê sinal verde. A manifestação do órgão do Senado foi feita numa ação em que o PTB questiona o tema no Supremo. Já a opção de aprovar uma PEC teria que superar o pouco tempo, já que a eleição é em fevereiro, e a oposição de partidos que almejam não só a cadeira de Alcolumbre, mas a de Maia. Para que a Constituição seja emendada é preciso do voto de pelo menos 60% dos deputados federais e dos senadores, em dois turnos de votação em cada Casa. A PEC já foi protocolada pela senadora Rose de Freitas (sem partido-ES). A proposta recebeu o apoio de 29 outros senadores, três a mais do que o necessário para que comece a tramitar. Entre os que assinaram estão os líderes do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), e no Congresso. A atitude da senadora na busca de assinaturas resultou em uma reação imediata do Podemos, partido que ela integrava, e que chegou a abrir um processo de expulsão da parlamentar. A legenda é contra a reeleição na Casa. Diante da reação, Rose de Freitas pediu sua desfiliação do partido, e agora é cobiçada por legendas como o PSDB e, inclusive, o MDB. A PEC que permite a reeleição é polêmica não só entre os parlamentares e tem gerado mobilizações externas. A consulta pública que estava aberta na página do Senado na internet foi retirada do ar na sexta-feira (11), após ser alvo de uma série de críticas. Movimentos sociais como o Vem para a Rua usaram redes sociais para pedir que seus seguidores votassem contra a tramitação da proposta. Diante da reação, a página do Senado retirou a consulta, e publicou uma mensagem dizendo que a ferramenta que permite o público votar está "em manutenção". Fonte: NOTÍCIA AO MINUTO Leia Também Coronavírus em Rondônia: 60.362 casos confirmados, 1.240 óbitos e 51.879 pacientes curados; Confira os números atuallizados TRANSPOSIÇÃO: Comissão Especial dos Ex-Territórios pede complementação de documentos de servidor do Estado Confira a previsão do tempo para este sábado em Rondônia Edital de Chamamento Público seleciona entidades do terceiro setor de Rondônia para auxílio financeiro Em prol da campanha Setembro Amarelo, Cetas promove conteúdos on-line abertos à população Twitter Facebook instagram pinterest