BIELORRÚSSIA Presidente fecha fronteiras e coloca exército em alerta Publicada em 17/09/2020 às 16:03 A decisão de Alexander Lukashenko reforça a repetida mensagem de que a vaga de protestos é impulsionada pelo ocidente, já que enfrenta duras críticas da União Europeia e dos Estados Unidos. "Somos forçados a retirar as tropas da rua, colocar o exército em alerta máximo e fechar as fronteiras no oeste, principalmente com a Lituânia e Polónia", afirmou Lukashenko, num fórum oficial de mulheres celebrado em Minsk. Lukashenko disse ainda que a fronteira da Bielorrússia com a Ucrânia vai ser fortalecida. "Não quero que o meu país esteja em guerra. Além disso, não quero que a Bielorrússia, Polónia e Lituânia se transformem num teatro de operações militares em que os nossos problemas não serão resolvidos", apontou. "Portanto, de hoje em diante, em frente a este salão do povo mais bonito, avançado e patriótico quero apelar aos povos da Lituânia, Polónia e Ucrânia: parem os vossos políticos malucos, não deixem a guerra começar", disse. Lukashenko não mencionou a vizinha Letónia que, como a Polónia e Lituânia, são membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO). No mesmo fórum, Lukashenko disse que a Bielorrússia não precisa que nenhum país reconheça as suas eleições, em resposta à resolução do Parlamento Europeu, que não aceita os resultados das eleições presidenciais de 09 de agosto, que Lukashenko venceu com 80% dos votos e que deu início a uma vaga de protestos. "Realizamos as eleições de acordo com a Constituição e as leis do nosso país e não precisamos do reconhecimento de ninguém. As eleições foram realizadas e são legítimas", declarou, segundo a agência BELTA. Na sessão de hoje, o Parlamento Europeu concordou que vai deixar de reconhecer Lukashenko como Presidente quando o atual mandato terminar, a 05 de novembro, depois das eleições que "violam todas as normas internacionais" e pediu à União Europeia para impor sanções ao mandatário. "Juro que não houve mentira nas eleições. É impossível falsificar 80% das eleições", acrescentou Lukashenko. Também hoje, o porta-voz do chefe da diplomacia europeia anunciou que a opositora bielorrussa Svetlana Tikhanovskaia é esperada na segunda-feira em Bruxelas para uma reunião com os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia. A opositora anunciou que está a preparar uma lista dos membros das forças de segurança do regime responsáveis pela violência e detenções arbitrárias, com vista a um possível processo no futuro. A Bielorrússia tem sido palco de várias manifestações desde 09 de agosto, quando Alexander Lukashenko conquistou um sexto mandato presidencial, numas eleições consideradas fraudulentas pela oposição e parte da comunidade internacional. Nos primeiros dias de protestos, a polícia deteve cerca de 7.000 pessoas e reprimiu centenas de forma musculada, suscitando protestos internacionais e ameaça de sanções. Os Estados Unidos, a União Europeia e diversos países vizinhos da Bielorrússia rejeitaram a recente vitória eleitoral de Lukashenko e condenaram a repressão policial, exortando Minsk a estabelecer um diálogo com a oposição. Fonte: Notícia ao Minuto - Portugal Leia Também Presidente fecha fronteiras e coloca exército em alerta MPF já fechou mais de 5 mil acordos de não persecução penal Senado transfere três juízes com processos contra vice-presidenta Kirchner Termina nesta sexta-feira prazo para manifestação em audiência pública Portaria define diretrizes de leilão de energia para sistemas isolados Twitter Facebook instagram pinterest