FUNDO MONETÁRIO FMI: mudança climática é ameaça significativa ao crescimento global Publicada em 13/10/2020 às 08:37 A mudança climática representa uma séria ameaça ao crescimento global, disse a chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) nessa segunda-feira (12), ao fazer um apelo aos principais emissores do mundo que concordem com um piso para os preços do carbono. A diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, afirmou a ministros da Economia, em reunião sobre mudança climática, que os países também devem garantir que os investimentos verdes sejam incluídos no dinheiro que estão gastando para conter a pandemia de covid-19 e reduzir seu impacto econômico. Ao fazer isso, disse ela, poderiam impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) global em 0,7% em média nos primeiros 15 anos de recuperação. "Mesmo enquanto estamos no meio da crise de covid, devemos nos mobilizar para evitar a crise climática", disse Georgieva na reunião de ministros da Economia de 52 países que trabalham para integrar as mudanças climáticas em suas políticas econômicas. O grupo, criado em abril de 2019 e liderado pelos ministros do Chile e da Finlândia, promoveu um encontro virtual, paralelamente às reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial. China e Estados Unidos, os maiores emissores mundiais de gases que retêm calor, não fazem parte da coalizão. Juntos, eles respondem por 43% das emissões mundiais. “A evidência é clara: a mudança climática é uma ameaça profunda ao crescimento e à prosperidade. E as políticas macroeconômicas são centrais para a luta contra a mudança climática”, disse Georgieva. Segundo ela, pesquisa do FMI mostrou que medidas estratégicas poderiam ajudar a alcançar emissão líquida zero até 2050, apesar da pandemia, mas é imperativo que os países reservem parte dos US$ 12 trilhões em estímulos fiscais para investimentos verdes. A precificação do carbono deve estar no centro da estratégia, disse a diretora, acrescentando: "É fundamental fazer a implementação certa, inclusive para proteger as pessoas e setores vulneráveis para garantir uma transição justa". Expressando preocupação de que a estrutura atual do acordo de Paris não proporcionaria a necessária redução de 25% a 50% das emissões na próxima década, Georgieva pediu aos principais emissores que adotem um piso para o preço do carbono, o que poderia abrir caminho para um consenso global. Fonte: Agência Brasil Leia Também FMI: mudança climática é ameaça significativa ao crescimento global Itália endurece restrições para conter alta da covid-19 Inflação para idosos acumula taxa de 4% em 12 meses, diz FGV Coronavírus em Rondônia: 67.973 casos confirmados, 1.398 óbitos e 60.675 pacientes curados Clube de Mães realiza Drive Thru em comemoração do dia das crianças Twitter Facebook instagram pinterest