INVESTIGAÇÃO PF faz operação contra esquema de sonegação e lavagem de dinheiro em grupo financeiro Publicada em 29/10/2020 às 09:01 A Polícia Federal em São Paulo realiza nesta quinta-feira (29) duas novas fases da Operação Descarte, que apura um esquema de lavagem de dinheiro e pagamento de propina por meio de uma rede de empresas de fachada. Ao todo, são cumpridos 29 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Santana de Parnaíba, Vargem Grande Paulista, Jaguariúna, Belo Horizonte, Nova Lima, Machado, Rio de Janeiro e Porto Alegre. Em São Paulo, os alvos são pessoas ligadas a uma empresa pública federal. Em Minas, o banco BMG e membros da diretoria da instituição financeira são alvos de busca e apreensão. Segundo a PF, uma das operações, chamada de Silício, busca confirmar a existência de uma organização criminosa responsável pela prática dos crimes de sonegação fiscal, corrupção ativa e passiva, lavagem de capitais, fraude em licitação e evasão de divisas. De acordo com as investigações, entre 2011 e 2016 um escritório de advocacia especializado em lavagem de dinheiro elaborou e executou um projeto para uma empresa do ramo de tecnologia, com o objetivo de redução de tributos, devolução de valores em espécie e evasão de divisas. Parte dos recursos foi utilizada para o pagamento de propina a servidores da Ceitec - empresa pública vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) - para que ela contratasse a empresa de tecnologia. A segunda operação, chamada Macchiato, também desdobramento da Descarte e deflagrada nesta quinta, tenta desmantelar uma outra organização criminosa responsável pela prática de diversos crimes contra o sistema financeiro nacional, especialmente gestão fraudulenta e desvio de valores de instituição financeira, além de crimes contra a ordem tributária e lavagem de ativos, ocorridos entre 2014 e 2016. Os investigados teriam desviado valores por meio de contratos simulados de prestação de serviços. Há indícios de que uma parcela do montante desviado foi utilizada para o pagamento de propina a agentes políticos. A Justiça Federal determinou o sequestro de aproximadamente R$ 100 milhões em bens e o afastamento de dois diretores da instituição financeira vítima dos desvios. Histórico A Operação Descarte é uma força-tarefa composta por policiais federais, auditores fiscais da Receita Federal e por um procurador da República do Ministério Público Federal em São Paulo. No dia 22 de outubro, desdobramentos da operação miraram auditores fiscais da Receita Federal. A investigação surgiu a partir da delação premiada do doleiro Alberto Youssef, personagem central da Operação Lava Jato. A 1ª fase, deflagrada em março de 2018, mirava um esquema de fraudes e lavagem de dinheiro comandado por uma concessionária que atua no serviço de limpeza pública da cidade de São Paulo. Em 2019, uma empresa de turismo também foi alvo. Fonte: G1 Leia Também PF faz operação contra esquema de sonegação e lavagem de dinheiro em grupo financeiro Acusados de perseguir opositores do governo da China são presos nos EUA MPRJ aponta queda nas denúncias de violência contra idosos Em evento, ministro fala sobre retomada responsável do turismo Representantes do setor da indústria aprovam decisão do Copom Twitter Facebook instagram pinterest