POLÍTICA Alcolumbre quer federalizar investigação sobre apagão no Amapá Publicada em 12/11/2020 às 14:42 O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), informou nesta quinta-feira (12) que vai solicitar investigação à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal sobre as causas do incêndio na subestação de energia que provocou um apagão no Amapá. Segundo Davi, um laudo preliminar da Polícia Civil informa que aparentemente não foi um raio que causou o acidente, contrariando todas as informações anteriores. “O pedido do presidente do Senado visa esclarecer o que aconteceu e estabelecer a verdade dos fatos”, explicou a assessoria de imprensa do senador. Eleições Por causa do apagão, hoje o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, decidiu adiar as eleições municipais na capital Macapá. Barroso atendeu ao pedido feito pela Justiça Eleitoral do Amapá, para suspender o pleito devido às ações de vandalismo provocadas pela falta de luz na capital. O adiamento vale somente para Macapá e abrange o primeiro turno, que deveria ocorrer no próximo domingo (15), e o segundo, que seria realizado em 29 de novembro. A nova data do pleito não foi definida. No restante do estado, a votação será mantida porque o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) garantiu que há aparato policial para garantir a segurança da votação. Investigações Na última terça-feira (10) policiais civis do Amapá apreenderam documentos nas instalações da empresa Linhas de Macapá Transmissora de Energia (LMTE), concessionária do serviço energético no Amapá. Além de cumprir os mandados judicais de busca e apreensão, os agentes também realizaram perícias na subestação onde um incêndio destruiu um transformador, desencadeando uma série de problemas que deixaram 13 das 16 cidades amapaenses sem energia elétrica. Em nota, a Polícia Civil explicou que a iniciativa faz parte da segunda fase da chamada Operação Apagão, deflagrada no dia 9. Laudo Um laudo preliminar realizado no transformador que pegou fogo em uma subestação em Macapá detectou que o incêndio teve início após uma peça do equipamento superaquecer. Esse mesmo laudo descarta que foi o raio o causador da avaria do transformador. Além disso, o para-raios do local não acusou nenhuma anormalidade. O incêndio provocou um apagão em 13 das 16 cidades do estado, afetando cerca de 700 mil pessoas. Empresa A empresa responsável pela transmissão de energia é a Linhas de Macapá Transmissora de Energia, pertence ao grupo Gemini, e que comprou a Isolux, empresa que prestava o serviço anteriormente. Caso seja comprovada a responsabilidade da empresa, ela poderá responder pelo crime de atentado à segurança ou ao fornecimento de serviço público. A pena é de um a cinco anos de reclusão, além de reparação civil. Histórico O apagão, na noite do último dia 3, deixou praticamente todo o estado sem energia por cerca de 80 horas. Após esse primeiro momento, a luz começou a ser distribuída, mas de forma insuficiente. Regiões ficam por algumas horas com luz e depois ela é cortada, para que outras regiões passem a receber energia elétrica. Os moradores reclamam que o rodízio está sendo feito de forma desigual, com alguns locais recebendo energia por mais tempo que outros. Fonte: Agência Brasil Leia Também Alcolumbre quer federalizar investigação sobre apagão no Amapá Estudantes participam hoje da Olimpíada Brasileira de Astronomia TSE: urna deverá mostrar nome de candidato com registro pendente Guedes: se houver segunda onda, governo pagará auxílio emergencial Consumidor desconhece informações de rótulos de produtos alimentícios Twitter Facebook instagram pinterest