SAÚDE Covid-19: Saúde anuncia recursos para leitos e programa de imunização Publicada em 27/11/2020 às 09:06 O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciou hoje (26) que recursos remanescentes para o enfrentamento da pandemia de covid-19 serão aplicados em leitos e no programa de imunização. O titular do Ministério da Saúde informou que se reuniu com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) para discutir a aplicação dos recursos remanescentes na pasta para ações relacionadas à pandemia, montante na casa dos R$ 6 bilhões. O valor deverá ser investido em leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), por meio de repasse a estados e municípios com vistas a manter leitos abertos, adiantando recursos de custeio de parte da estrutura que seriam repassados em 2021. “Pactuamos hoje que vamos trabalhar com a incorporação do maior número possível de UTIs, vamos continuar com as UTIs que foram feitas para a covid-19, dentro das regras do SUS [Sistema Único de Saúde]. Isso vai permitir que Brasil dê salto em atendimento. Vamos cumprir um ano adiantado, para 2021”, sublinhou. Pazuello acrescentou que parte dos recursos também será direcionada para despesas relativas a cirurgias tratamentos impactados pela pandemia. Outra destinação será o planejamento e execução do plano de imunização contra a covid-19. O ministro afirmou que a definição da logística deste plano ocorrerá quando houver mais informações sobre quais vacinas estarão disponíveis. “Cada vacina tem característica diferente, número de dose, logística. Precisamos aproximar da chegada para fechar o plano logístico”, disse. Prematuridade Pazuello participou de uma entrevista coletiva acerca de ações para apoio a crianças prematuras e suas mães, da gestão ao puerpério. Uma portaria foi assinada liberando R$ 324 milhões em iniciativas voltados a estes públicos. Os valores serão disponibilizados a mais de 600 maternidades ligadas à rede do SUS. Estas poderão solicitar recursos para a aquisição de equipamentos e estruturas, como camas, cardiotopografia (para avaliação do bem-estar do feto), banquetas de parto e sonar doppler (para ouvir o coração do bebê). “Repiques” Pazuello disse também que não há, no país, uma segunda onda de covid-19, termo utilizado por especialistas, e apresentou outra classificação. Segundo ele, a primeira onda seriam os casos e mortes, com “repiques”. A segunda onda consistiria em cirurgias e tratamentos não realizados pelo cancelamento de cirurgias eletivas ou pelo medo de pacientes de se dirigirem ao hospital. “Estamos falando também de repique de contaminação e mortos em algumas regiões. É só acompanhar o site [Painel Covid-19 do Ministério da Saúde] e podemos ver os dados. No Sul e Sudeste o repique é mais claro. No Norte e Nordeste o repique é menos impactante, com algumas cidades fora da curva. No Centro-Oeste é mais no meio do caminho”, analisou. Conforme o ministro, a terceira onda envolveria os casos de violência doméstica contra a mulher em função do isolamento, com violência psicológica e física, incluindo feminicídios, estupros e outras práticas condenáveis. “A quarta onda é aumento de casos de automutilação e suicídios. Não confundam ondas como novo surto. É surto que podem virar endemia e depois pandemia, o troço é grave. Temos que estar atentos”, completou Pazuello. Fonte: Agência Brasil Leia Também Covid-19: Saúde anuncia recursos para leitos e programa de imunização Sebrae faz 40 anos de apoio aos empreendedores de Rondônia Ministério cria Comitê Gestor de Proteção de Dados Pessoais Mineradoras pedem definição de regras para aproveitamento de rejeitos Ipea prevê menor crescimento do agronegócio em 2021 Twitter Facebook instagram pinterest