VIOLÊNCIA Defensoria cria observatório sobre intolerância política contra mulher Publicada em 09/11/2020 às 14:36 A Defensoria Pública do Rio de Janeiro e o Instituto Alziras lançaram na sexta-feira (6) o Observatório da Intolerância Política. Hoje (9), a Defensoria iniciou uma campanha de conscientização em suas redes sociais contra a violência política de gênero. O objetivo é coletar dados sobre os casos de violência e intolerância política, principalmente contra mulheres, ocorridos durante o período eleitoral de 2020, no estado do Rio de Janeiro e, a partir daí, produzir um estudo que colabore para o enfrentamento desse problema social. O trabalho conta com a articulação da ouvidoria e dos núcleos de Defesa das Mulheres, da Diversidade Sexual e de Combate ao Racismo do órgão. A coleta de dados para o observatório será feita por meio de questionário, que pode ser preenchido por eleitora/cidadã; candidata ou ativista/militante. Os relatos serão transformados em dados estatísticos, sendo vedado o uso de modo individual, que possa identificar quem responde. Além do questionário, o formulário também traz informações sobre todos os canais de atendimento da Defensoria, caso haja interesse na assistência jurídica. “A criação do Observatório é fruto de uma sugestão do Instituto Alziras à Ouvidoria, para que acompanhássemos de perto o problema da intolerância e violência política nas eleições, em especial contra mulheres, pessoas negras, LGBTs e determinados perfis ideológicos. Como a Defensoria é 'instrumento e expressão do regime democrático', como diz nossa Constituição, aceitamos a sugestão prontamente”, disse o ouvidor-geral, Guilherme Pimentel, em nota. Para registrar um caso de violência/intolerância política, basta entrar no site da Defensoria. Campanha “A política não é apenas um espaço no qual as mulheres estão sub-representadas. É nela também que muitas mulheres são submetidas a inúmeros ataques que lhes são direcionados simplesmente por serem mulheres, em desrespeito ao seu exercício político, e que devem ser enfrentados desde antes do seu ingresso”, disse Roberta Eugênio, integrante do Instituto Alziras. Segundo dados do instituto, para as prefeitas brasileiras, a violência política é a segunda principal barreira para acesso e permanência na política e mais da metade delas indicaram já terem sido vítimas desse tipo de ataque. A campanha nas redes sociais contempla dez passos para o enfrentamento dessa violência política, em conjunto com o formulário para a coleta de casos vividos por eleitoras e candidatas. “O objetivo é trazer a importância do combate a essas práticas também para o período eleitoral, quando a violência política é utilizada como estratégia por muitas candidaturas. Como diz o tema da campanha, A violência política é um problema de todos, não apenas das mulheres, e o prejuízo é para a democracia”, disse Roberta. Fonte: Agência Brasil Leia Também Defensoria cria observatório sobre intolerância política contra mulher WhatsApp terá funcionalidade de mensagens temporárias Reino Unido espera receber 10 milhões de doses de vacina este ano Jogos de futebol já podem ser transmitidos no horário da Voz do Brasil Flip 2020: conheça a lista completa de autores convidados Twitter Facebook instagram pinterest