Opinião Entusiasmo com eleições em Rondônia somente em alguns municípios Publicada em 07/11/2020 às 10:44 Em condições normais e dentro do calendário político-eleitoral, hoje já teríamos eleitos os novos prefeitos, vices e vereadores, pois as eleições são sempre realizadas no mês de outubro. Mas este ano, devido ao coronavírus elas estiveram a ponto de serem canceladas e os mandatos dos prefeitos, vices e vereadores prorrogados por mais dois anos para coincidir com as eleições gerais (presidente da República, governadores e respectivos vice; Senado, Câmara Federal e Assembleias Legislativa) de 2022. Com o adiamento das eleições de outubro para novembro o primeiro turno será realizado no domingo (15) e, nos municípios onde for necessário o segundo turno, no dia 29. Os eleitos terão, apenas, um mês (dezembro) para poder montar suas equipes de trabalho, pois a solenidade de posse será no primeiro dia do próximo ano. A preocupação com o coronavírus, pandemia que assusta o mundo sem que os cientistas encontrem uma vacina, para se evitar a contaminação inibe uma campanha de maior intensidade dos candidatos, mais dos postulantes às câmaras municipais, cargo onde são maiores as dificuldades para se eleger. O vereador é o político mais cobrado pela comunidade, pois é ele o principal elo com o Poder Executivo, que é quem administra União, Estados e municípios. Em Rondônia, mesmo a uma semana das eleições o clima, ainda, não “esquentou” na maioria dos municípios, como nas disputas eleitorais anteriores. São poucos os municípios onde é possível observar uma ação mais efetiva dos candidatos em busca do voto, mesmo pelas redes sociais, muito utilizadas pelos políticos neste período. A pandemia contribuiu para os candidatos investirem nas redes sociais, pois não se permite concentrações públicas como em eleições anteriores, como comícios e reuniões com dezenas de pessoas. Não somente pela necessidade de cumprir o protocolo de saúde, mas há rejeição de pessoas a atos públicos com aglomerações de pessoas e mesmo a visita pessoal, o corpo-a-corpo, tão comum e necessário no processo político-eleitoral é pouco praticado devido ao temor de contrair o vírus, que em certos casos é letal. A participação de 14 candidatos a prefeito em Porto Velho contribuiu para mais ações de rua, maior utilização das redes sociais e dos poucos debates no rádio, TV e sites eletrônicos. O número de pretendentes a ocupar o Palácio do Relógio a partir de janeiro do próximo ano é grande na capital, mas na realidade, meia dúzia tem condições de aspirar eleições em segundo turno, o que provavelmente ocorrerá em Porto Velho. É o único município em condições de ocorrer eleições em segundo turno. Em 2018 votaram mais de 330 mil eleitores e o mínimo necessário para eleições em dois turnos é 200 mil eleitores. No segundo maior município do Estado, Ji-Paraná, as eleições, após a prisão do prefeito Marcito Pinto (PDT), em setembro último na Operação Reciclagem da Polícia Federal (PF), que disputaria a reeleição com chances reais de vitória deixou uma enorme interrogação. Apontar favoritos em Ji-Paraná é um salto no escuro, pois com mais ou menos chances, há pelos menos três dos seis nomes em condições de assumiu o Palácio Urupá no primeiro dia do próximo ano. A disputa pela prefeitura em Ariquemes é bem diferente de Ji-Paraná, pois a mobilização popular é enorme e há semanas cresce com a proximidade do dia da votação. Com o prefeito Thiago Flores (PRB) fora da disputa, por opção pessoal, as eleições prometem equilíbrio entre três dos cinco candidatos. A expectativa é que teremos em Ariquemes uma das eleições mais disputadas para a escolha do próximo prefeito. Outro município onde as eleições movimentam os eleitores com maior emoção é em Vilhena, onde dos cinco candidatos, pelo menos dois deverão dividir os votos urna a urna, devido ao equilíbrio entre as correntes políticas, que são consolidadas e com representatividade popular considerável. Os demais são novos na política, mas nem por isso estão fora, pois existe a possibilidade de os eleitores da linda e pujante Vilhena mudar totalmente a sistemática da administração pública no município. Cacoal, após a prisão da prefeita Glaucione Rodrigues (MDB), que tinha enormes chances de se reeleger, as eleições não empolgam como no início do último mês de setembro. Glaucione, a exemplo do prefeito Marcito, de Ji-Paraná, foi presa na Operação Reciclagem da PF e ficou fora da disputa por um novo mandato. Dentre os três candidatos a gerenciar o Palácio do Café a partir do próximo ano, dois deles deverão polarizar a votação do eleitor de um dos mais importantes municípios do interior do Estado. Nos demais municípios, de menor densidade eleitoral, a exemplo de Ji-Paraná, as eleições não ganharam a devida importância do eleitor. Além da necessidade da convivência com o coronavírus, os candidatos não conseguiram, ao menos até o momento, empolgar o eleitor de a necessidade de votar e escolher os seus novos governantes municipais, no caso, prefeito, vice e vereador. Fonte: Waldir Costa / Rondônia Dinâmica Leia Também Assembleia Legislativa vai homenagear vencedores da 5ª edição do Concafé, anuncia Cirone Deiró Indicado por deputada Cassia Muleta, asfaltamento das serras de Tarilândia já é realidade Wlilliames Pimentel: “Administrei bilhões e me orgulho de ter a ficha limpa” Com apoio da população, “Meu Ambiente PVH” vai garantir uma cidade mais verde, afirma Vinícius Miguel Hildon Chaves destaca medidas para garantir funcionamento da atenção básica de saúde Twitter Facebook instagram pinterest