Fábrica de Software soluciona problemas da comunidade vilhenense

Em funcionamento no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Vilhena, desde o início do ano, a Fábrica de Software (FS) é uma ação que envolve alunos, professores e parceiros do IFRO. Na Fábrica são desenvolvidas soluções de software para clientes reais em um esquema de organização que parte do ambiente e da instituição de ensino e termina na entrega de produtos reais à sociedade vilhenense.

A iniciativa surgiu no Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS), com a disciplina de Projeto Integrador e Extensão II, ministrada pelos professores Marco Antonio Andrade, Flávio Lico e Gilberto Silva. A partir de então, já envolveu todos os acadêmicos do curso de ADS, alguns alunos do Curso Técnico em Informática e recebeu também a colaboração dos professores José Lucas Brandão, Roberto Guimarães e Juliano Fischer e, com o ingresso da turma da nova pós-graduação em Desenvolvimento Web ofertada pelo Campus Vilhena, deverá contar com ainda mais participantes.

A Prefeitura Municipal de Vilhena foi a primeira beneficiada e já está usufruindo os softwares “Gerenciamento de Suporte Técnico com QR Code”, “Dashboard para estação meteorológica”, “Dashboard para acompanhamento da Covid-19 em Vilhena”.

Além destes que estão finalizados e em uso, há outros em construção e em breve deverão ser entregues. Para a Fundação Cultural de Vilhena estão em andamento os projetos “Site”, “Agenda Cultural” e “Plataforma para Gestão de Documentos Históricos”.  A prefeitura receberá ainda a “Plataforma para Gerenciamento de Problemas Urbanos” e o “Protocolo para acompanhamento de processos”. O Hemocentro demandou “Aplicativo para Doadores” e “Plataforma de Gestão de Doações”. O Núcleo Informatizado de Memória e Pesquisa do IFRO (NIMPI) receberá “Plataforma para Gestão de Documentos Históricos” e o IFRO Campus Vilhena em breve contará com “Plataforma para Gestão de Eventos”, “Site da FSLab”, e “Encurtador de URL”.

O professor Marco Antônio, atualmente responsável pelo projeto, explica que o principal objetivo é criar um ambiente pujante de desenvolvimento, que busca solucionar problemas que realmente existem no mundo real. “Além disso, oportuniza aos professores e alunos experiências com demandas efetivas da sociedade. O grande diferencial dessa iniciativa, inclusive, é o não atrelamento a um setor específico, uma vez que pode buscar referências e conhecimentos em diferentes fontes. O mundo se apresenta de maneira interdisciplinar e para fornecer as soluções adequadas precisamos estar abertos a todas as vertentes do conhecimento”, comentou.

Por esta razão, a utilização prática de ferramentas e de metodologias de desenvolvimento de software atuais aproxima a formação acadêmica da forma como o trabalho é realizado em empresas de software, agregando ainda mais qualidade aos cursos ofertados pelo campus.

“Do ponto de vista educacional, a FS ajuda a quebrar certos paradigmas em que o processo de aprendizagem é unilateral e passivo por parte dos alunos. Aqui há uma necessidade de protagonismo na compreensão dos problemas e de inovação no oferecimento de respostas. Entendemos que alunos que passam por esse processo durante sua formação chegam ao mercado de trabalho mais preparados, mais seguros e mais capazes de atuar de forma relevante”, destacou Marco.

A fábrica de software se torna ainda mais relevante porque também tem a missão de colaborar em outros projetos com soluções de software, e por isso tem potencial para trabalhos transdisciplinares que podem envolver outros cursos do campus e até mesmo de outras unidades do IFRO.

Jhoni Figueredo da Cunha, acadêmico da turma 2018 de ADS, destaca que as atividades remotas dificultaram a continuidade dos trabalhos: “Mesmo assim a experiência é muito boa, simula bem o que ocorre na vida real ao mesmo tempo em que colocamos em prática o que aprendemos no curso. Todos saem ganhando com esse projeto, a agregação de conhecimento aos alunos e a resolução de determinados problemas da comunidade vilhenense por meio dos softwares produzidos”, explica.  

Mesmo com os desafios das atividades remotas, a Fábrica de Software continua funcionando a partir da utilização de recursos de comunicação como o Rocket Chat e Google Meet, o Taiga para Gerenciamento de Projetos e o Figma para a prototipação. Somadas, essas ferramentas possibilitaram superar a distância física e manter a produtividade mesmo que remotamente.