TERRORISMO França faz homenagem às vítimas do atentado de Nice Publicada em 07/11/2020 às 08:43 O primeiro-ministro francês, Jean Castex, expressou neste sábado (7) sua "emoção", "compaixão" e "indignação" durante a homenagem nacional às três vítimas, incluindo uma brasileira, do atentado cometido em 29 de outubro na Basílica de Notre-Dame de Nice, informou a agência France-Presse. Morreram no atentato: Uma mulher de 60 anos, encontrada morta com a cabeça quase separada do corpo perto da entrada da igreja. Um homem de 55 anos, sacristão da basílica identificado como Vincent. Também foi quase decapitado. Uma mulher de 44 anos, que conseguiu fugir da basílica e se esconder um café, mas não resistiu aos ferimentos. Ela foi identificada como sendo a brasileira Simone Barreto Silva (leia mais adiante sobre a vítima). "É toda a França que é alvo do terrorismo, mas Nice tem pago um alto preço", disse o primeiro-ministro, referindo-se a este ataque e aquele que deixou 86 mortos no Passeio dos Ingleses no dia 14 de julho de 2016. "Em 29 de outubro, um terrorista roubou três vidas dentro de uma igreja", afirmou Castex, evocando uma "profanação". "O terrorismo ataca o que somos, o que faz nossa identidade, nossa liberdade, nossa cultura e, finalmente, nossas vidas", declarou. "O inimigo, nós o conhecemos, não só é identificado, mas tem nome, é o islamismo radical, uma ideologia política que desfigura a religião muçulmana ao desviar seus textos, seus dogmas e seus mandamentos para impor sua dominação pelo obscurantismo e ódio", acrescentou o chefe do governo, durante a cerimônia realizada no topo da Colina do Castelo, uma antiga cidadela construída no topo de uma colina que se ergue sobre a baía de Nice. Brasileira entre as vítimas O Consulado Geral do Brasil em Paris confirmou que uma das vítimas do atentado terrorista na basílica Notre-Dame era a brasileira Simone Barreto Silva, de 44 anos, nascida em Salvador (BA). Segundo uma prima que falou com a reportagem da rádio pública francesa RFI, mas preferiu não se identificar, Simone — que foi ferida a faca e morreu num restaurante quase em frente à catedral, onde tentou se abrigar — estava na França havia 30 anos e deixou três filhos. Prisões e investigações Nove dias após o ataque cometido pelo tunisiano Brahim Aouissaoui, todas as prisões preventivas foram retiradas, incluindo a de um menor de 17 anos, preso na tarde de quarta-feira na região de Paris. No total, onze pessoas foram colocadas sob custódia policial e depois libertadas desde o início da investigação, aberta pela Promotoria antiterrorista, em particular por "assassinatos em conexão com uma empresa terrorista". Sexta-feira, o agressor, gravemente ferido durante sua prisão e também testado positivo para o novo coronavírus, foi transferido de avião e sob segurança máxima de Nice para Paris. Aouissaoui, que ainda corre risco de morte, foi hospitalizado em Paris, segundo uma fonte próxima ao caso. Ele ainda não foi ouvido pelos investigadores. Em meados de setembro, ele deixou clandestinamente a cidade de Sfax, no centro da Tunísia, onde morava com sua família e trabalhava no reparo de motocicletas. Depois de cruzar o Mediterrâneo e chegar à ilha italiana de Lampedusa, Brahim Aouissaoui teria sido colocado em quarentena com cerca de 400 migrantes na balsa "Rhapsody", segundo a imprensa italiana, antes de desembarcar no continente em Bari, no sudeste da Itália, em 9 de outubro. Uma fonte próxima à investigação especificou que ele então foi para a Sicília, antes de ingressar na França. A investigação conseguiu determinar que ele chegou em Nice na terça-feira, 27 de outubro, dois dias antes do ataque. Além da brasileira Simone Barreto Silva, mãe de três filhos, as outras vítimas do atentado são uma mulher de 60 anos e o sacristão da basílica. Este ataque terrorista é o terceiro perpetrado na França desde a republicação, no início de setembro, das charges do profeta Maomé pelo veículo satírico Charlie Hebdo. Fonte: G1 Leia Também França faz homenagem às vítimas do atentado de Nice Ação conjunta faz uma das maiores apreensões de cocaína no Rio TSE enviará 1,2 mil baterias de urnas para garantir votação no Amapá Aviões da FAB levam geradores para o Amapá Relações com EUA continuarão com eventual vitória de Biden, diz Guedes Twitter Facebook instagram pinterest