FRANÇA Macron diz em redes sociais que agressão a produtor musical por policiais é 'inaceitável' Publicada em 28/11/2020 às 10:26 O presidente francês Emmanuel Macron reagiu através de uma mensagem em redes sociais às agressões a um produtor musical negro por policiais. Manifestações são convocadas em toda a França neste sábado (28) contra a Lei de Segurança Nacional, que quer impedir a difusão de imagens da polícia em ação. Na mensagem, publicada na noite de sexta-feira (27), Macron diz que a agressão ao produtor musical Michel Zecler por policiais é “inaceitável” e que as “imagens dão vergonha”. O presidente afirma que pediu ao governo que proponha rapidamente soluções “para lutar de maneira eficaz contra todo tipo de discriminação”. “A França não deve nunca deixar prosperar o ódio ou o racismo”, sublinhou o chefe de Estado na declaração, pedindo “uma polícia exemplar com os franceses”, mas também “franceses exemplares com as forças de ordem”. “Os que aplicam a lei devem respeitar a lei. Eu não aceitarei nunca que a violência gratuita de alguns macule o profissionalismo de mulheres e homens que, no dia a dia, garantem nossa proteção com coragem”, insistiu. Ele afirma que é “protetor” das liberdades, especialmente a liberdade de expressão e a de imprensa. “Eu não aceitarei nunca que essas liberdades sejam negadas”, disse, em plena polêmica sobre o artigo 24 da Lei de Segurança Global que visa sancionar a difusão de imagens de policiais em operação. O chefe de Estado destaca também defender a liberdade de manifestar. “Cada cidadão deve poder expressar suas convicções e reinvindicações protegido de toda violência e de toda pressão”. “A França é um país de ordem e de liberdade, não um país de violência gratuita e de arbitrariedades”, afirma. Macron recebeu na quinta-feira (26) o ministro do Interior Gérard Darmanin e pediu sanções claras contra os policiais que espancaram o produtor. Nos últimos dias, vários vídeos difundidos por redes sociais mostram comportamentos violentos de policiais e fragilizam o executivo. Mesmo membros do partido do presidente, a República em Marcha, questionam a nova lei. Além das imagens do espancamento de Zecler, divulgadas na quinta-feira (26), vídeos da evacuação violenta de centenas de migrantes que instalaram tendas, com a ajuda de associações humanitárias, na praça da República, em Paris, na segunda-feira (22), foram difundidos em redes sociais, causando comoção. Manifestações em toda a França Manifestações foram convocadas por sindicatos de jornalistas e organizações de defesa da liberdade de expressão e dos direitos humanos, em toda a França, neste sábado (28) contra a adoção da Lei de Segurança global. Na sexta-feira, a manifestação, que prevê um trajeto da praça da República até a Bastilha, foi proibida pelo comissário da polícia de Paris, Didier Lallement, alegando razões sanitárias. Mas o Tribunal administrativo cassou ou decreto e permitiu a realização da “marcha das liberdades”, prevista para a tarde deste sábado. Fonte: G1 Leia Também Anvisa recebe pedido para análise da vacina da Janssen-Cilag Governo de Rondônia entrega caminhões para atender compradores de calcário do Estado Prefeitura de Rolim de Moura implanta Piso Nacional Salarial e professores comemoram Festival de Música Portal da Amazônia começa hoje em Vilhena Epidemia de covid-19 desacelera no Reino Unido Twitter Facebook instagram pinterest