TRAGÉDIA Tragédia da barragem do Fundão em Mariana completa 5 anos Publicada em 06/11/2020 às 09:22 “5 de novembro de 2015 eu tinha uma vida pacata que se dividia entre o trabalho na cidade e o descanso e lazer na zona rural em Bento Rodrigues, onde a minha história começou, até que a avalanche de lama levou toda minha história e os meus bens. Infelizmente as perdas vem se arrastando ao longo do tempo, visto que a reparação segue a passos lentos”. A fala é do comerciante Mauro da Silva, que hoje integra a comissão de atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão. Para se ter uma ideia da extensão da tragédia, a lama de resíduos causou a morte de 19 pessoas e uma série de impactos ambientais, sociais e econômicos, atingindo 39 municípios de Minas Gerais e Espírito Santo. E assim como Mauro, integrantes da Força-Tarefa Rio Doce, do Ministério Público Federal, também percebem que as ações reparatórias demoram a se concretizar. Para os procuradores, a Fundação Renova, criada para reparar os danos do rompimento dessa barragem, está demorando para tirar do papel os 42 programas previstos no Termo de Transação e Ajustamento de Conduta para minimizar os efeitos da devastação do mar de lama que se espalhou por 670 quilômetros. Até agosto de 2020, segundo o MPF, apenas 34% das famílias cadastradas como afetadas pela lama em Mariana receberam a indenização. Além da demora da compensação, o coordenador substituto da Força Tarefa do Ministério Público, o procurador Eduardo Henrique Aguiar, lamenta a demora na entrega de novas casas para os atingidos pelo rompimento. O presidente da Fundação Renova, André de Freitas, garante que as indenizações podem aumentar, depois que a 12ª Vara Federal de Justiça determinou a flexibilização dos critérios para o recebimento. Quanto às casas, André de Freitas informou que a fundação entregou duas, 37 estão em construção e quatro deverão ser entregues até o final deste ano. Esse também é o prazo, segundo ele, para concluir 95% das obras de infraestrutura no novo distrito de Bento Rodrigues. Enquanto essas obras não são concluídas, moradores como o Mauro, que perderam tudo no mar de lama que tomou conta da região, vivem em casas alugadas e das lembranças do passado. Fonte: Agência Brasil Leia Também Tragédia da barragem do Fundão em Mariana completa 5 anos “Medidas sanitárias no retorno às aulas” é tema de live da Agevisa para comunidade escolar Anatel completa 23 anos e destaca avanços nas telecomunicações Eleição no Sintero transcorre com segurança e sem incidentes Cristiane Lopes acusa Samuel Costa de vender mandato para traficantes; candidato registra B.O. Twitter Facebook instagram pinterest