TENSÃO Trump sondou possibilidade de atacar instalações nucleares no Irã, diz jornal Publicada em 17/11/2020 às 08:59 A dois meses de deixar o cargo de presidente dos Estados Unidos, Donald Trump perguntou a seus principais assessores sobre a possibilidade de atacar instalações nucleares do Irã, segundo o jornal "The New York Times". Trump perguntou a vários conselheiros — incluindo o vice-presidente, Mike Pence, o secretário de Estado, Mike Pompeo, e o chefe das Forças Armadas, general Mark Milley — "se tinha opções de adotar medidas contra a principal instalação nuclear do Irã nas próximas semanas". Segundo o jornal, os conselheiros dissuadiram o presidente de fazer um ataque militar e alertaram que uma ação desta magnitude poderia virar um conflito maior nas últimas semanas da sua presidência. A hipótese foi levantada durante uma reunião no Salão Oval na quinta-feira (12), após relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) revelar que o Irã continua armazenando urânio. O alvo mais provável do ataque era Natanz, de acordo com o jornal. O relatório da AIEA diz que as "reservas de urânio de Teerã eram 12 vezes maiores que o permitido pelo acordo nuclear que Trump abandonou em 2018". Acordo nuclear O presidente americano deixou o acordo costurado por Obama com diversas potências mundiais três anos após sua assinatura. O objetivo do pacto era frear a expansão da capacidade nuclear do Irã. Na época, o presidente americano afirmou que Irã era o "principal Estado patrocinador do terrorismo". O país foi, durante muito tempo, o grande foco de Trump. O presidente impôs sanções a Teerã e ampliou as medidas após Washington abandonar o acordo nuclear. Os sócios europeus do acordo lutam para manter o acordo e esperam que a chegada à Casa Branca do democrata Joe Biden mude a abordagem dos EUA contra o Irã. Além dos EUA e do Irã, assinaram o acordo nuclear os outros membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Reino Unido, França, China e Rússia) e a Alemanha. Tensão entre EUA e Irã Na sexta-feira (13), o "NYT" revelou que o número dois da Al Qaeda, Abdullah Ahmed Abdullah, foi morto no Irã — o que o governo iraniano nega. Conhecido como Abu Muhammad al-Masri, Abdullah foi baleado nas ruas da capital Teerã em segredo, há três meses. Ele é acusado pelos EUA de planejar ataques a embaixadas americanas. Segundo o jornal, o terrorista foi morto por homens ligados a Israel com o apoio dos EUA que estão infiltrados no Irã. A filha Miriam — viúva de um dos filhos de Osama bin Laden — também morreu na operação. No início do ano, os EUA mataram o principal general iraniano, Qassem Soleimani, chefe de uma unidade especial da Guarda Revolucionária do Irã e um dos homens mais poderosos do país. Soleimani foi morto em um ataque americano com drone em Bagdá. Em retaliação, o Irã atacou duas bases que abrigam tropas dos EUA no Iraque. Recentemente, o governo Trump intensificou as medidas contra Teerã, o que alguns críticos veem como uma tentativa de construir um "muro de sanções" que seria difícil para Biden derrubar. Fonte: France Presse Leia Também Trump sondou possibilidade de atacar instalações nucleares no Irã, diz jornal Maia: resultado da eleição mostra fortalecimento de partidos liberais Cápsula Dragon da SpaceX chega à Estação Espacial Internacional Barroso pede que PF investigue ataque hacker ao sistema do TSE Bolsa volta a níveis pré-pandemia com esperança de vacina Twitter Facebook instagram pinterest