PANDEMIA Agência reguladora dos EUA aprova uso emergencial da vacina da Pfizer Publicada em 12/12/2020 às 09:08 A agência reguladora de medicamentos americana FDA anunciou nesta sexta-feira (11) a aprovação do uso emergencial da vacina contra a Covid-19, desenvolvida pelas farmacêuticas Pfizer e BioNTech. Com isso, os Estados Unidos se tornam o 5º país a autorizar o uso deste imunizante. O anúncio segue a recomendação de um órgão consultivo que recomendou a vacina para uso emergencial em maiores de 16 anos. Para começar a vacinação, outra agência federal americana, o CDC, deve dar o parecer final. A expectativa é que isso aconteça nos próximos dias. A vacina da Pfizer já foi aprovada pelo Reino Unido, Canadá, Bahrein e México. A agência regulatória britânica foi a primeira a aprovar o uso da vacina, ainda na semana passada. O Reino Unido iniciou sua campanha de vacinação nesta terça-feira (8). Vacinação no Brasil Ainda não há data prevista para o início da aplicação das vacinas no Brasil. No dia 1° de dezembro, o Ministério da Saúde divulgou os primeiros pontos da estratégia "preliminar" para a vacinação da população contra a Covid-19. De acordo com a pasta, o plano será dividido em quatro etapas de vacinação: Primeira fase: trabalhadores da saúde, população idosa a partir dos 75 anos de idade, pessoas com 60 anos ou mais que vivem em instituições de longa permanência (como asilos e instituições psiquiátricas) e população indígena. Segunda fase: pessoas de 60 a 74 anos. Terceira fase: pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da Covid-19 (como pacientes com doenças renais crônicas e cardiovasculares). Quarta fase: professores, forças de segurança e salvamento, funcionários do sistema prisional e população privada de liberdade. O governo não prevê vacinar toda a população do país no ano que vem. Em nota, a pasta da Saúde informou que a expectativa é imunizar 109,5 milhões de pessoas em 2021. 'Milagre médico' Após o anúncio da FDA, o presidente Donald Trump publicou um vídeo nas redes sociais em que comemorou a liberação da vacina e a chamou de "milagre médico". "Hoje, nossa nação conseguiu um milagre médico. Chegamos a uma vacina segura e eficaz em apenas nove meses. É uma das maiores realizações científicas da história. Isso salvará milhões de vidas e logo encerrará a pandemia de uma vez por todas", afirmou. Na quinta-feira (10) , uma comissão de especialistas – formada por pesquisadores independentes, médicos e representantes farmacêuticos – se reuniu para avaliar uma recomendação endereçada para a FDA. É a partir dela que a agência poderá decidir se autorizaria ou não a aplicação do imunizante. A agência já havia apresentado, no início desta semana, um parecer favorável à vacina, confirmando sua segurança e eficácia. Países que já aprovaram a vacina O Reino Unido e Bahrein aprovaram o uso do imunizante na semana passada, mas apenas o Reino Unido começou sua campanha de vacinação. Na terça, teve início da campanha de vacinação para os britânicos – aplicada de forma gratuita pelo serviço público de saúde (NHS, da sigla em inglês). Uma senhora de 90 anos, Margaret Keenan, foi a primeira a receber a dose. A Health Canada, agência que regula as vacinas no país, aprovou na quarta-feira (9) a vacina da Pfizer. Após a revisão de dados, os canadenses concluíram que a vacina é segura e eficaz e já pode ser aplicada em todo o país, de forma emergencial, em pessoas maiores de 16 anos. Horas antes de a FDA anunciar a aprovação da vacina nesta sexta, o órgão regulador mexicano Cofepris liberou o imunizante da Pfizer. Eficácia comprovada No início de novembro, as farmacêuticas anunciaram que sua vacina candidata tem eficácia de 95% na prevenção da Covid-19, segundo dados iniciais do estudo da terceira e última fase de testes. Os dados ainda foram publicados na revista científica "New England Journal of Medicine". Na prática, se uma vacina tem 95% de eficácia, isso significa dizer que 95% das pessoas que tomam a vacina ficam protegidas contra aquela doença. A Pfizer informou que pretende produzir até 50 milhões de doses de vacina em 2020 para todo o mundo, e 1,3 bilhão de doses até o final de 2021. Em julho, os EUA fecharam acordo com os laboratórios para comprar 100 milhões de doses ainda este ano, pelo valor de US$ 1,95 bilhão (cerca de R$ 10,1 bilhões). Fonte: G1 Leia Também Agência reguladora dos EUA aprova uso emergencial da vacina da Pfizer Banco genético foi utilizado em 1,9 mil investigações em todo país Guedes não descarta antecipar 13º para aposentados em 2021 Em artigo, vice-presidente Mourão pede união e otimismo para 2021 Decreto restabelece alíquota zero de IOF para operações de crédito Twitter Facebook instagram pinterest