JUDICIÁRIO Aras diz que inquérito dos atos antidemocráticos freou onda extremista Publicada em 15/12/2020 às 15:38 O procurador-geral da República, Augusto Aras, afirmou nesta terça-feira (15) que a abertura do inquérito dos atos antidemocráticos no Supremo Tribunal Federal (STF) foi importante para garantir a estabilidade democrática do país e frear o que chamou de onda extremista. O inquérito apura o financiamento e a organização de atos que pediram o fechamento do Congresso e o do STF, reivindicações ilegais. São alvos da investigação parlamentares e empresários e blogueiros aliados do presidente Jair Bolsonaro. “Esse inquérito deu uma certa estabilidade ao país num momento relevante em que havia movimento de extremistas”, disse o procurador-geral durante um café da manhã de fim de ano com jornalistas. "Graças a esse inquérito, nós fizemos, dentro do devido processo legal, o procedimento investigativo para compreender qual a dinâmica, qual o propósito de grupos ou de pessoas ou mesmo parlamentares no sentido daquela crescente atividade extremista e o resultado que nós vemos, de extrema importância, houve um arrefecimento daquela vontade [de praticar atos extremistas]", completou Aras. O procurador-geral afirmou que não havia elementos para incluir Bolsonaro na investigação, mesmo tendo o presidente participado de algumas das manifestações que pediram o fechamento do Congresso e do STF. “Não se trata de fazer oposição ao governo, se trata de cumprir a lei. Não se trata de submissão ao presidente. É preciso uma lembrança: nós não podemos estar tratando o presidente da República – qualquer que seja – de uma forma grosseira, porque a Constituição dá um tratamento peculiar ao presidente”, disse Aras. “Nós não podemos começar uma investigação pelo chefe de poder, chefe de Estado, quando sua Excelência aparentemente compareceu a um ato que outras autoridades compareceram”, completou. Fonte: G1 Leia Também Aras diz que inquérito dos atos antidemocráticos freou onda extremista União Europeia apresenta projeto com novas regras para restringir poder das gigantes da tecnologia Vacina da Moderna não mostra 'problemas de segurança', afirma FDA Boko Haram reivindica sequestro de centenas de estudantes na Nigéria Número de jornalistas presos em 2020 bate recorde, afirma ONG Twitter Facebook instagram pinterest