MEIO AMBIENTE Países devem redesenhar progresso e reduzir pressão sobre o planeta Publicada em 15/12/2020 às 08:24 Países ricos e pobres devem redesenhar suas trajetórias de progresso e diminuir a pressão humana sobre o planeta, sinaliza relatório lançado nesta terça-feira (15) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud). O documento inclui um novo índice experimental sobre o progresso humano. Ele reúne informações sobre as emissões de dióxido de carbono e a pegada material dos países (medida de extração de matéria-prima no mundo para atender à demanda nacional). “O poder que nós, humanos, exercemos sobre o planeta não tem precedentes. Diante da covid-19, de temperaturas que quebram recordes históricos e de uma desigualdade que vem se reproduzindo, é chegado o momento de usar esse poder para redefinir o que entendemos como progresso, para que nossas pegadas de carbono e consumo não permaneçam ocultas”, disse Achim Steiner, chefe mundial do PNUD. O 30º Relatório de Desenvolvimento Humano - A Próxima Fronteira: Desenvolvimento Humano e o Antropoceno, considera que as pessoas e o planeta estão entrando em uma era geológica inteiramente nova, o Antropoceno ou era dos humanos. Saúde e educação O documento apresenta uma variante experimental do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH). De acordo com o Pnud, ao ajustar o IDH, que mede a saúde, a educação e o padrão de vida dos países, para incorporar dois outros elementos - emissões de dióxido de carbono e pegada material dos países -, o novo índice mostra a transformação que pode ocorrer no campo do desenvolvimento se o bem-estar das pessoas e a integridade do planeta forem considerados conjuntamente para definição do progresso humano. O levantamento se refere ao ano de 2019 e, portanto, ainda não avalia os impactos da pandemia de covid-19 no desenvolvimento humano. Entretanto, já projeta uma quebra na curva ascendente dos países nas dimensões humanas para o próximo relatório, o que pode indicar que a atual pandemia é resultado do desequilíbrio ambiental. Segundo a pesquisa, as novas estimativas preveem que, até o ano 2100, os países mais pobres poderão enfrentar até mais 100 dias de clima extremo por ano devido à mudança global do clima. Para o PNUD, esse número pode ser cortado pela metade se o Acordo de Paris for totalmente implementado. Brasil Segundo o novo índice ambiental, o Brasil sobe dez posições no ranking neste IDH específico. Segundo o relatório, o índice não significa um avanço do país ao considerar a pressão ao meio ambiente. Atualmente, o Brasil está na 84ª posição no ranking do IDH entre 189 nações e se encontra no grupo dos considerados com alto desenvolvimento humano. O Brasil caiu cinco posições em relação ao índice medido em 2019. Enfrentamento O relatório indica, ainda, que essas desigualdades poderiam ser enfrentadas com ações do setor público e oferece exemplos que vão desde a aplicação de regimes fiscais mais progressivos à proteção das comunidades costeiras por meio de investimentos preventivos e mecanismos de seguro, medidas que poderiam proteger até 840 milhões de pessoas nas regiões costeiras do mundo. Para o Pnud, no entanto, esforços devem ser feitos de forma articulada para que as medidas adotadas não contribuam ainda mais para o confronto das pessoas com o planeta. Fonte: Agência Brasil Leia Também Países devem redesenhar progresso e reduzir pressão sobre o planeta Coronavírus em Rondônia: 86.118 casos confirmados, 1.645 óbitos e 74.917 pacientes curados Diplomação dos eleitos em Itapuã do Oeste acontecerá nesta terça-feira (15) Prefeitura de Porto Velho antecipa pagamento aos pensionistas e aposentados Lojistas de Vilhena também participam da campanha Natal Azul Twitter Facebook instagram pinterest