PARCERIA Tribunal de Justiça de Rondônia adere ao programa Fazendo Justiça Publicada em 04/12/2020 às 13:20 Trabalhar em parceria para vencer os desafios históricos que caracterizam a privação de liberdade no Brasil é dos objetivos do programa Fazendo Justiça, ao qual o Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia aderiu, com a assinatura da repactuação pelo presidente do TJRO, desembargador Paulo Kiyochi Mori, e representes do Conselho Nacional de Justiça. Após a abertura da solenidade, foi realizada a apresentação do Fazendo Justiça, um programa do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas do CNJ. Segundo o juiz auxiliar do CNJ, Luis Geraldo Sant´Ana Lanfredi, que é o coordenador do DMF, a repactuação busca o enfrentamento às questões estruturais dos sistemas penais e socioeducativo. O objetivo é qualificar a aplicação das penas e medidas. Desta forma, acredita o magistrado do DMF/CNJ, será possível garantir dignidade e cidadania às pessoas privadas de liberdade, em alternativas penais e egressas dos sistemas e melhorar a capacidade de gestão da política judiciária. De acordo com Lanfredi, a iniciativa não traz soluções encaixotadas e inflexíveis, mas que levam em consideração as peculiaridades de cada localidade. Fator destacado pelo desembargador Paulo Mori, em seu discurso. O presidente do TJRO afirmou que cada eixo se desdobra em diversas iniciativas, entregas e produtos, avaliados e pactuados a partir de critérios técnicos, reuniões de trabalho com atores locais e alinhamento institucional. “Não se trata, evidentemente, de um plano pronto e acabado, mas que norteia as ações que devem ser implementadas e adequadas em resposta aos desafios e adversidades já existentes e que eventualmente surjam”, disse o desembargador Paulo Mori. Também presente à solenidade, o desembargador José Antônio Robles, supervisor do GMF em Rondônia, também se manifestou: “A pactuação traz um avanço para o Judiciário de Rondônia. É extremamente necessário voltar atenções maiores aos segregados, aos que estão nos ergástulos, para que, após a pena, o reeducando possa voltar ao convívio em sociedade”. O grupo, supervisionado pelo desembargador, tem como coordenador o juiz de Direito Sérgio William Domingues Teixeira, a quem, assim como os juízes Álvaro Kalix Ferro, Fabiano Pegoraro Franco, Marcelo Tramontini, Kerley Regina Ferreira de Arruda Alcântara e Bruno Sérgio de Menezes Darwich, Lanfredi exaltou nominalmente pelo brilhante trabalho que desempenham na condução do GMF em Rondônia. O coordenador do DMF/CNJ disse que é preciso melhorar o filtro da porta da entrada do sistema prisional, otimizar o cumprimento das penas privativas e as demais previstas na lei penal; além da qualificação adequada a quem sai do sistema”, afirmou. Para ele, essas medidas podem determinar sociedades mais seguras, interrompendo trajetórias criminosas de quem passa pelo sistema prisional. Ações transversais O programa é dividido em quatro eixos: proporcionalidade penal, cidadania, sistemas e identificação civil e Socioeducativo. Desta forma, o Fazendo Justiça apoia a criação ou melhoria de produtos, estruturas e serviços; promove eventos, formações e capacitações; gera produtos de conhecimento e apoia produção normativa do CNJ. O Fazendo Justiça trabalha de forma alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, em especial o Objetivo 16 – Paz, Justiça e Instituições Eficazes. Segundo a consultora do Programa da ONU para o Desenvolvimento (PNUD) e coordenadora estadual do Programa Fazendo Justiça, Arine Caçador, as ações e iniciativas devem incidir em diversas pautas como, por exemplo, proporcionalidade, Justiça restaurativa, alternativas penais e audiências de custódia. Com relação ao sistema socioeducativo, Arine apontou que é necessário melhorar os cadastros no sistema, programas de qualificação pós-medida, ou seja, para os adolescentes que cumpriram a medida, assim como, realizar a biometria e documentação civil e ações de cidadania para egressos. O evento teve também a participação da Conselheira do CNJ, desembargadora Tânia Regina Reckziegel, do corregedor-geral da Justiça, desembargador Valdeci Castellar Citon; do desembargador Daniel Lagos; do secretário-geral do CNJ, juiz Valter Shuenquener de Araújo; do juiz auxiliar da Presidência e secretário-geral do TJRO, Rinaldo Forti; do defensor público Kelsen Henrique Rolim dos Santos; do advogado Fernando Maia, representante da OAB/RO; dos juízes auxiliares do CNJ, Fábio Porto, Dorotheu Barbosa Neto e Valter Godoy dos Santos Júnior; e do secretário de Justiça do Estado de Rondônia, Marcus Castelo Branco Alves Semeraro Rito. A solenidade, que ocorreu no final da tarde desta quinta-feira, 4, no Pleno do TJRO, teve o cerimonial simplificado, além da manutenção do distanciamento mínimo entre os participantes e o uso de máscaras, dentre outras medidas de sanitização por conta da pandemia. Na oportunidade também houve o lançamento do projeto Juízo 100% Digital. Fonte: TJ-RO Leia Também Tribunal de Justiça de Rondônia adere ao programa Fazendo Justiça Prefeitura reabre inscrições para o cadastramento de espaços culturais Acadêmicos da Unir adquirem conhecimento prático em estágio na Seção de Biblioteca do MP Com recursos próprios município adquire carro novo para Semec Detran Rondônia orienta usuários com encenação teatral na rua sobre as consequências do desrespeito à legislação de trânsito Twitter Facebook instagram pinterest