EDITORIAL Coronavírus – O ‘‘lockdown’’ fajuto e para inglês ver do Governo de Rondônia; são 250 mortos em apenas doze dias Publicada em 30/01/2021 às 09:56 Porto Velho, RO – Nem todas as imposições legais são suficientes para combater o desdém quando a população perde o respeito por seus comandantes. Desde o início da pandemia, normas foram estabelecidas no mundo todo e por diversas autoridades – dos mais variados espectros políticos, diga-se de passagem –, a fim de levantar barreiras sanitárias para evitar a proliferação em massa do Coronavírus (COVID-19/SARS-CoV-2). Em meados de 2020, foi a vez de Marcos Rocha, sem partido, tentar a sorte em Rondônia. Com receio de desagradar seu público/eleitorado, chamou o “lockdown” de isolamento restritivo, uma figura fantasiosa, que, mesmo branda, poderia ter surtido efeito se não fosse a participação negativa de uma única pessoa no processo: o próprio governador. Rocha entrou em rota de colisão com a Polícia Militar (MP/RO) desautorizando publicamente a instituição após a declaração de um de seus membros alegando que não haveria mais tolerância às violações. Em vez de resolver a situação internamente, chamando o então coordenador de policiamento operacional Fábio Alexandre Santos França para conversar de modo particular, o mandatário do Palácio Rio Madeira eliminou todas as chances de suscitar o mínimo de obediência civil às suas determinações. Sete meses depois, com os casos da doença avançando cada vez mais, o chefe do Executivo estadual passou a bucha para o vice, José Atílio Salazar Martins, o Zé Jodan (PSL), para que este sacramentasse de novo medidas especiais para limitar a circulação de gente nas ruas. Quando o militar voltou ao Poder, prorrogou os efeitos das restrições até este sábado (30). Porém, o “lockdown” fajuto, feito apenas para inglês ver, não trouxe qualquer resultado prático: na verdade, cidadãos rondonienses continuaram morrendo em profusão. Em partes, por culpa de Marcos Rocha, pois, lá atrás, fez com que a sociedade passasse a sentir que era seguro desrespeitá-lo, andando pelas ruas, aglomerando, fazendo festa, deixando de usar máscara de proteção, negligenciando o álcool em gel 70% e daí por diante. Em suma, em doze dias 14,4 mil pessoas foram infectadas; 250 morreram. O governador tem uma chance enorme de extrair lição valiosa desse erro penoso para, quem sabe, resgatar as rédeas da situação e talvez trazer de volta, ao menos em parte, um pouco do respeito perdido. _________________________ PERÍODO DE ISOLAMENTO SOCIAL: JANEIRO 17 – Contaminados: 883 / Mortos: 6 18 – Contaminados: 1.275 / Mortos: 26 19 – Contaminados: 1.041 / Mortos: 14 20 – Contaminados: 1.096 / Mortos: 14 21 – Contaminados: 1.310 / Mortos: 15 22 – Contaminados: 1.422 / Mortos: 16 23 – Contaminados: 933 / Mortos: 12 24 – Contaminados: 968 / Mortos: 14 25 – Contaminados: 996 / Mortos: 17 26 – Contaminados: 1.239 / Mortos: 22 27 – Contaminados: 1.669 / Mortos: 18 28 – Contaminados: 970 / Mortos: 25 29 – Contaminados: 1.225 / Mortos: 24 Fonte: Boletim Diário da Sesau/RO ____ TOTAL (12 DIAS): Contaminados: 14.427 / Mortos: 250 Fonte: Rondoniadinamica Leia Também Coronavírus – O ‘‘lockdown’’ fajuto e para inglês ver do Governo de Rondônia; são 250 mortos em apenas doze dias Assembleia Legislativa de Rondônia transfere mais de R$ 20 milhões para Fundo do Iperon Retorno das ações da PF preocupa corruptos, parceria DEM/PSD poderá favorecer Laerte, Simero cobra governo de Rondônia por “queimar” milhões sem planejamento Deputado Anderson se solidariza com familiares do Policial Penal aposentado Izaias Fernandes da Silva Posse da nova Mesa Diretora da Assembleia Legislativa será transmitida ao vivo nas redes sociais e TV aberta Twitter Facebook instagram pinterest