Opinião Vamos nos despedir do Flodoaldinho, contando uma breve história Publicada em 19/01/2021 às 08:50 Faleceu no início da noite de domingo, 17, o empresário Flodoaldo Pontes Pinto Filho, aos 71 anos, de complicações decorrentes da covid-19. ********** Vamos nos despedir do Flodoaldinho, contando uma breve história do amante de coisas, como nossa música, escola de samba e da boemia portovelhense. *********** Conhecemos o Flodoaldinho ainda na década de 1960, quando o então Padre Vitor Hugo era o diretor presidente da Sociedade de Cultura Rádio Caiari. A época, seu Flodoaldo (pai) era um dos maiores empresários do ramo de Mineração em Rondônia e do Brasil. Entre outros empreendimentos, era o dono do Garimpo de Massangana um dos maiores produtores de cassiterita do Brasil. ********* A família morava a Avenida Sete de Setembro numa casa que existia onde até bem pouco tempo, funcionou a Loja Discolândia. Ali havia sido o Areal da cidade. Seu Flodoaldo oferecia jantares aos amigos e sociedade e eram eventos pomposos e Vitor Hugo sempre transmitia esses eventos através da Rádio Caiari e ele me levava para comandar a parte da sonoplastia e nesses eventos, fiquei conhecendo toda a família e até me tornei colega do Flodoaldinho. ********** O tempo passou e sempre participava de algum evento cultural patrocinado por ele. Era o tempo da Agua Mineral Caiari. No início da década de 1980 Flodoaldinho aceitou ser o Patrono (presidente) da Escola de Samba “Os Pobres do Caiari” e sua residência se transformou em ponto de encontro da turma da escola e foram várias noites de churrasco e muito samba. ********* Em 1982 já como presidente da Escola Flodoaldinho quis homenagear o Jacque Cousteau. Acontece que a esposa do Flodoaldo fazia parte da equipe do “Mergulhador Francês”. Foi então que ele convocou os carnavalescos da Caiari e encomendou o enredo que recebeu o título: “A Amazônia – De Orellana a Cousteau”. ********** Em parceria com o Baba ganhei o Concurso de Samba Enredo para o desfile de 1983. Acontece que quando chegou o mês de janeiro de 1983, Flodoaldinho convocou o Diretor de Carnaval da Escola Hiran Brito Mendes o Baluarte, a sua casa e falou, que o Enredo de Orellana a Cousteau ficou muito caro e a agremiação não tinha recurso em caixa e nem ele. ********* Sobre esse episódio entrevistei o Hiran e ele explicou: ********* “Naquele ano o Flodoaldinho me chamou em sua casa e disse que não tinha dinheiro para colocar o enredo. ********* Fui a TV Rondônia (o Jornal de Rondônia era ao vivo), falei com o diretor e ele me colocou no ar e eu disse que a escola de samba não iria desfilar por falta de recursos. ********** Quando cheguei na Praça das Caixas D’água estavam praticamente todos os moradores do bairro Caiari, os brincantes da escola e simpatizantes e ali todos se propuseram a colaborar com a escola. ******* Faltava menos de um mês para o carnaval e então por sugestão do Jader, do Flávio Daniel e se não me engano do Zé Carlos Lobo, se resolveu criar um enredo de fácil concepção e então nasceu ali o tema “Das Loucuras da Vida a Ilusão do Carnaval”. ********* O samba foi feito pelo Silvio Santos e O Babá no balcão do chaveiro do Manelão e foi justamente esse samba que eu aprovei na madrugada em frente ao Reza Forte. ********** Para encurtar a história, a escola foi campeã naquele ano de 1983 cantado: É feira, é feira, é condução. É trabalho no campo, que luta irmão...” Contou Hiran ********* É esse Flodoaldinho carnavalesco, amigo, cultural e acima de tudo festeiro que quero continuar lembrando. ********* Amigo, obrigado por tudo! Descansa em Paz. ********* GRAÇAS A DEUS A VACINA CONTRA A COVID-19 JÁ ESTÁ SENDO APLICADA NOS BRASILEIROS. HOJE COMEÇA AQUI EM PORTO VELHO. ********** AMÉM! Fonte: Zekatraca Leia Também Candidatos com sintomas de covid-19 podem pedir reaplicação do Enem Caixa paga abono salarial para nascidos em janeiro e fevereiro Coronavírus em Rondônia: 110.331 casos confirmados, 2.031 óbitos e 90.626 pacientes curados Aprovado projeto do Executivo que cria adicional para médicos que atuam no combate à Covid-19 em Rondônia Médico que defendia cloroquina admite que não reduz mortalidade da Covid Twitter Facebook instagram pinterest