PROTESTOS Myanmar: autoridades tentam conter protestos com balas de borracha Publicada em 09/02/2021 às 08:54 Canhões de água, balas de borracha e gás lacrimogêneo: a tensão continua a aumentar hoje (9) em Myanmar, no quarto dia de grandes manifestações em todo o país contra o golpe de Estado de 1º de fevereiro. Em Naypyidaw, a capital, a polícia disparou balas de borracha contra manifestantes, de acordo com testemunhas. Antes, a polícia tinha recorrido a canhões de água contra um pequeno grupo que se recusava a dispersar, durante um bloqueio de estrada das forças de segurança. Em Mandalay, a polícia utilizou gás lacrimogêneo "contra manifestantes que agitavam bandeiras da Liga Nacional para a Democracia [LND]", partido de Aung San Suu Kyi, a presidente eleita em novembro, disse um morador à agência de notícias France-Presse. O movimento de desobediência civil em Myanmar contra a junta militar que tomou o poder prossegue hoje em todo o país, apesar da lei marcial decretada na véspera, uma tentativa dos militares de evitar protestos. Milhares de pessoas conseguiram contornar os dispositivos e estão concentradas em zonas fortemente protegidas pela polícia. Nessa segunda-feira (8), a junta militar impôs a lei marcial em várias cidades e distritos de Rangum, em resposta às manifestações, e proibiu aglomeração de mais de cinco pessoas. Decretou ainda o recolher obrigatório noturno, entre outras medidas. O anúncio veio depois de os militares, por meio do canal de televisão estatal MRTV, terem ameaçado tomar medidas contra os manifestantes, que acusaram de prejudicar estabilidade, segurança e o Estado de Direito no país. Ontem, no primeiro discurso à nação, Min Aung Hlaing apelou aos birmaneses para se manterem "unidos como um país" e olhar "para os fatos e não para as emoções", ao mesmo tempo que justificou o golpe militar com uma alegada fraude eleitoral nas eleições de novembro. Dezenas de milhares de pessoas ocuparam as ruas do país desde sábado (6) para protestar contra a tomada do poder pelo Exército - que já governou Myanmar com mão de ferro entre 1962 e 2011 -, e exigir a libertação dos líderes democráticos detidos, incluindo a Prêmio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi. Pelo menos 170 pessoas foram detidas, a grande maioria políticos e membros da LND, partido governante, e de Suu Kyi, incluindo 18 que já foram libertados. No governo desde 2016, a LND venceu claramente as eleições gerais de novembro, mas os militares afirmaram que esses resultados foram manipulados. Fonte: Agência Brasil Leia Também Myanmar: autoridades tentam conter protestos com balas de borracha Hacker tenta envenenar água de cidade da Flórida Se o discurso da esquerda não mudar, Bolsonaro tem sérias chances de reeleger sim- por: Geovani Berno Caixa paga abono salarial para nascidos de março a junho Coronavírus em Rondônia: 132.167 casos confirmados, 2.369 óbitos e 111.559 pacientes curados Twitter Facebook instagram pinterest