COMPETITIVIDADE Open banking permitirá maior competitividade entre bancos, diz BC Publicada em 01/02/2021 às 14:45 O open banking começou a ser implementado hoje (1º) com o compartilhamento de dados das instituições financeiras ao público, como as características e preços de produtos e serviços bancários de varejo relacionados a contas, cartão de crédito e operações de crédito para pessoas físicas e jurídicas. Segundo o Banco Central (BC), o sistema possibilitará o surgimento de ferramentas de comparação de produtos e serviços, aumentando a competitividade entre os bancos e a melhorando a oferta aos clientes. Por isso, a Fase 1 do open banking, iniciada nesta segunda-feira, tem como alvo as outras instituições financeiras ou de pagamento, desenvolvedores, potenciais fintechs e acadêmicos, visando à criação dessas plataformas e de novos modelos de negócios. Os dados estão disponíveis nos sites de cada banco. Para o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, o open banking é uma das iniciativas de uma agenda mais ampla da instituição, que visa criar o "sistema financeiro do futuro". Essa agenda inclui ainda o sistema de pagamentos instantâneo (Pix) e a modernização da legislação cambial. “Um importante objetivo da atuação do Banco Central é tornar o sistema financeiro nacional mais eficiente, moderno e promover a democratização dos serviços financeiros através da tecnologia”, disse Campos Neto, durante evento virtual de lançamento, na manhã de hoje. O open banking é a padronização do processo de compartilhamento de dados e serviços financeiros pelas instituições autorizadas a funcionar pelo BC, por meio de abertura e integração de plataformas e infraestruturas de tecnologia. Por meio do sistema, os clientes terão poder sobre as informações levantadas pelos bancos e poderão autorizar o compartilhamento a outras instituições. “É importante ter em mente que a disponibilização de dados por parte dos consumidores gera um valor para as instituições financeiras, em termos de informação. Com a implementação do open banking, uma parte desse benefício será revertido para quem disponibiliza os dados, ou seja, para os próprios consumidores”, afirmou Campos Neto. O compartilhamento de dados cadastrais e de transações dos clientes, entretanto, começa apenas na segunda fase, prevista para 15 de julho. Com isso, será possível também a entrega de serviços customizados aos diferentes perfis, levando em consideração os interesses, objetivos e necessidades de cada público. O BC destaca que o compartilhamento deve ser expressamente autorizado pelo cliente e tem prazo de um ano, mas pode ser encerrado a qualquer momento pelos canais de cada instituição financeira. Só podem participar do open banking instituições reguladas, autorizadas e supervisionadas pelo BC, estando sujeitas às sanções administrativas por eventual quebra de sigilo bancário. Transparência Para o presidente do BC, os dados são a principal barreira de entrada na indústria financeira de serviços, como em qualquer outra indústria de serviços, o que poderá ser minimizado com o open banking. “Ele permitirá o aumento da transparência e a redução da assimetria de informações, ou a precificação da assimetria de informações de forma mais eficiente, diminuindo, assim, as barreiras à entrada no sistema financeiro e favorecendo um ambiente de negócios mais inclusivo.” A terceira fase do sistema está prevista para 30 de agosto, com o início de serviços de pagamentos e de encaminhamento de propostas de crédito, e a quarta fase, para 15 de dezembro, com a ampliação de produtos e serviços financeiros integrados na infraestrutura do open banking, operações de câmbio, investimentos, seguros, previdência complementar aberta, entre outros. O sistema foi elaborado com base em experiências internacionais e, segundo Campos Netos, continuará a evoluir com o desenvolvimento do próprio mercado. “Para explicar melhor, gostaria de fazer uma analogia: o open banking está para o sistema financeiro como a internet está para a sociedade. Os benefícios e casos de uso serão visíveis ao longo dos próximos meses e anos”, disse. “Com o open banking, o Banco Central busca aumentar a eficiência e a competitividade no sistema financeiro nacional, mediante a promoção de um ambiente de negócio mais inclusivo e preservando sua segurança e a proteção dos consumidores”, acrescentou Campo Neto. As informações sobre as instituições participantes, a disponibilização dos dados e especificações técnicas estão disponíveis no portal do Open Banking. Fonte: Agência Brasil Leia Também Open banking permitirá maior competitividade entre bancos, diz BC Tribunal de Contas quer detalhes sobre distribuição de vacinas em SP Sem carnaval, Sambódromo do Anhembi celebra 30 anos BNDES antecipa pagamento de R$ 38 bilhões ao Tesouro Estão abertas as inscrições para o 1º Guirii - Festival Amazônico de Contação de História Twitter Facebook instagram pinterest