EQUILÍBRIO Presidente Alex Redano discute alternativas para a flexibilização das atividades comerciais e empresariais Publicada em 02/02/2021 às 12:18 O presidente da Assembleia Legislativa, Alex Redano (Republicanos), comandou na tarde da última segunda-feira (01), uma reunião com parlamentares e empresários de diferentes segmentos, para debater alternativas para a flexibilização das atividades comerciais e empresariais, como forma de evitar a falência de empresas e a perda de empregos, sem deixar de observar os cuidados necessários, em razão da pandemia do novo coronavírus. "A prioridade de todos aqui é a preservação da vida. Vida com saúde, vida com trabalho e com renda, dentro do que é possível em meio a essa pandemia. Sabemos que não é fácil achar um equilíbrio entre flexibilizar o comércio e as empresas, e manter as regras de enfrentamento à covid-19. Mas, acredito que dialogando é possível promover ajustes que possam contribuir para uma maior abertura, sem que isso comprometa os cuidados necessários", destacou Redano. Os deputados Anderson Pereira (Pros), que provocou o encontro a pedido de empresários; Cirone Deiró (Podemos), Jair Montes (Avante), Alan Queiroz (PSDB), Chiquinho da Emater (PSB), Eyder Brasil (PSL) e Ezequiel Neiva (PTB) participaram do encontro, que durou mais de três horas, com a participação, do chefe da Casa Civil, Junior Gonçalves, do secretário estadual de Saúde, Fernando Máximo, além de empresários da capital e do interior, de forma virtual. Estavam presentes ao encontro o presidente da Fecomércio, Raniery Coelho, o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino Particular do Estado de Rondônia Augusto Pellucio, representante da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), Márcio Stelato, o advogado Marcos Alves, representante do Sindicato Médico de Rondônia (Simero) e os empresários José Joaquim, Sílvia Souto e Sofia Gomes. "Os empresários nos trouxeram a necessidade de uma reunião para tratar desse tema. É preciso ouvir a todos os segmentos, cada um com suas peculiaridades, antes de estabelecer um decreto que restrinja as atividades, sob pena de termos uma tragédia econômica e a perda de empregos, com a falência das empresas, especialmente os pequenos e médios, que já não suportam mais esse abre e fecha", pontuou o deputado Anderson Pereira. O deputado Cirone acrescentou que "o cuidado com a vida depende de todos nós. Os empresários são organizados e responsáveis e podem fazer as adequações necessárias para trabalharem, sem com isso colocar em risco a saúde pública. Essa incerteza é muito prejudicial, o setor quer ser ouvido e o que puder ser flexibilizado, deve ser feito, dentro das condições possíveis". Já Alan Queiroz reconheceu o esforço do Governo em criar novos leitos clínicos e de UTI, em contratar mais médicos e profissionais de saúde, mas disse que é preciso também ouvir o lado dos empresários. "É meio difícil de compreender um grande supermercado lotado, enquanto um pequeno comércio de três a cinco funcionários está fechado. Tem que haver essa discussão, ouvir os segmentos e adequar o decreto à realidade de cada um. Estamos aqui para contribuir com alternativas que possam dar um alento ao setor econômico, sem descuidar da questão da saúde, que é o mais importante para todos aqui". Para o deputado Jair Montes, "se o comércio não abre, tem um colapso financeiro, falência, demissões e desemprego. Há uma pressão muito grande, mas tem que existir uma alternativa. A gente busca culpados, mas não há um culpado. Temos uma pandemia inesperada que se alastrou no mundo. Precisamos nos unir, salvar vidas, salvar empresas e empregos". Alex Redano, Jair Montes e os demais deputados, defenderam que a Assembleia participe das discussões na elaboração dos decretos governamentais que definem as fases de fechamento ou abertura do comércio e demais atividades. Chiquinho da Emater ressaltou que "a grande prioridade é salvar vidas. Esse é o fato. Com estranheza, a Assembleia não faz parte dessas discussões sobre os decretos. Comércio e indústrias pagam um preço muito alto, é verdade. Temos festas e aglomerações para todos os lados, sem cessar. E os empresários sofrem há quase um ano, nesse abre e fecha. Ou se toma uma decisão radical, ou ficaremos mais um ano nesse abre e fecha". O deputado Eyder Brasil também concordou que há a necessidade de um assento da Assembleia no Comitê de Crise, que orienta na elaboração dos decretos governamentais de enfrentamento da pandemia. "Precisamos ter representatividade e também cobrar a responsabilidade do atendimento básico dos municípios. Inclusive, quero deixar registrado o meu pedido para que os profissionais de educação sejam vacinados antes, para auxiliar nesse processo de retomada das aulas presenciais, de forma gradual". Empresários Raniery Coelho reconheceu que não é uma decisão fácil, enfrentar essa pandemia, mas defendeu que um gestor não pode temer tomar decisões, não pode ter medo de errar. "É um desafio imenso e novo, mas não se pode temer tomar decisões. Uma grande empresa, com um leque de negócios, vai se virando, mas e o pequeno empreendedor? Esse não aguenta mais e precisa ter a sua necessidade levada em conta, também". Sofia Gomes, que possui um churrasquinho, ressaltou que a primeira reunião do novo presidente da Assembleia, Alex Redano, foi para tratar da saúde e da economia, em tempos de crise. "Nosso pequeno negócio, em casa mesmo, tinha cinco funcionários no atendimento e hoje estão desempregados. Agora, essas pessoas vão ficar sem o auxílio emergencial. Sabemos que tudo vai precisar se reinventar, com essa pandemia. Por isso, queremos ser ouvidos. Queremos ter voz, queremos que cada segmento seja ouvido, em sua particularidade. A minha necessidade, é diferente de um restaurante maior, de uma loja de roupas, de um salão de beleza. É preciso achar uma solução compatível com cada ramo de atividade", ressaltou. Já Silvia Souto lamentou que decisões que afetam a sua área de trabalho, sejam tomadas por pessoas que desconhecem o cotidiano de sua atividade. "Não somos ouvidos e as decisões são tomadas sem levar em conta as particularidades de cada atividade. Não estamos aqui culpando ou julgando, mas queremos ser ouvidos e acharmos uma saída, que creio ser possível conciliar a atividade empresarial com os cuidados à saúde". Augusto Pellucio disse que o setor escolar foi o primeiro a ser fechado e que até agora, não se tem um plano de retorno definido às aulas presenciais. "As escolas públicas e privadas seguem fechadas, após quase um ano. O prejuízo para o aprendizado é enorme e vamos sentir essa dificuldade nos alunos mais adiante. Mais um ano fechadas, as escolas não suportam. Precisamos discutir o retorno às aulas, de forma gradual. Temos que começar esse processo e estamos dispostos a contribuir com alternativas e a discutir os critérios, mas precisamos dar um passo inicial". O empresário José Joaquim defendeu que o comitê de crise instalado sempre esteja se reunindo, virtualmente, com o setor empresarial e da saúde, acompanhando e trocando as informações. "Não tem uma forma perfeita, mas temos que fazer alguma coisa. Esse abre e fecha já mostrou que não reduz as contaminações e ainda quebra as empresas". Salatiel Rodrigues, do Sistema OCB, disse que a flexibilização das atividades, de acordo com a natureza de cada uma, é uma saída para enfrentar a crise sanitária e econômica. "Só temos deveres e obrigações, não temos tido o direito de opinar e de sugerir. Creio ser possível conciliar as duas coisas e estamos dispostos a seguir os protocolos mais criteriosos, para que as atividades sejam mantidas. O pequeno tem sido o mais injustiçado e 2021, ao que parece, será pior do que 2020 para o setor econômico, infelizmente". Governo O secretário Fernando Máximo disse que o Governo tem sim levado em conta a atividade econômica em suas decisões, mas que os desafios são enormes, de toda a ordem. "O Estado tem se desdobrado, tem buscado fortalecer o atendimento na saúde, tem tomado medidas de contenção e tem atuado para a redução dos números de infectados. Nesta semana ainda, devem chegar mais 20 mil doses de vacina e isso reforça a nossa esperança de seguirmos imunizando e reduzindo o contágio do coronavírus". O chefe da Casa Civil garantiu que o Governo tem sim se reunido com o setor produtivo, desde o começo da pandemia. "Infelizmente, a realidade é que não há um modelo ideal de se enfrentar essa pandemia, no mundo todo. Não existe um modelo pronto e de sucesso". Para Junior Gonçalves, "o Governo criou o comitê de gestão da crise, estabeleceu a classificação em fases e chega o momento de tomar algumas decisões que, infelizmente, não são bem recebidas por esse ou àquele setor. As decisões nem sempre vão agradar a todos". Segundo ele, "a verdade é que, infelizmente, pagamos pela inconsequência de quem não respeita as regras de prevenção. Sempre estamos abertos ao diálogo, não temos uma receita pronta". Comitê Ao final, por sugestão do presidente da Assembleia e de demais deputados e empresários, ficou definida a criação de um Comitê para debater e acompanhar a evolução das fases de abertura das atividades, apresentando sugestões e discutindo as medidas implantadas ou que podem ser implantadas, como forma de adequar às atividades econômicas e suas peculiaridades, à necessidade de proteção ao novo coronavírus. Fonte: ALE-RO Leia Também Cirone Deiró assume posição na mesa diretora e quer ampliar diálogo com a população Presidente Alex Redano discute alternativas para a flexibilização das atividades comerciais e empresariais Prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves pede união entre os poderes para enfrentar pandemia Antes da reportagem do UOL, MP de Rondônia já havia cobrado vagas em UTI Deputado Jair Montes apresenta “Auxílio Home Office” prevendo economia pra Rondônia Twitter Facebook instagram pinterest