ECONOMIA Contas externas devem ter "ligeiro superávit" de US$ 2 bilhões, diz BC Publicada em 25/03/2021 às 14:36 O Banco Central (BC) melhorou a projeção para o saldo das contas externas neste ano. A previsão para as transações correntes, que são as compras e vendas de mercadorias e serviços e transferências de renda do Brasil com outros países, passou de déficit de US$ 19 bilhões para um “ligeiro superávit” de US$ 2 bilhões. A estimativa para 2021 corresponde a 0,2% do Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país). A previsão está no Relatório de Inflação, publicação trimestral do BC, divulgado hoje (25). Segundo o BC, a revisão foi ocasionada principalmente pelo aumento do saldo comercial, elevando de US$ 53 bilhões para US$ 70 bilhões a estimativa para o superávit da balança comercial neste ano. “Apesar de terem começado o ano em nível deprimido, espera-se que as exportações aumentem a partir de março, impulsionadas pelo escoamento da boa safra de soja, pelo patamar elevado para preços de commodities e pela recuperação da demanda internacional. Nesse contexto, as exportações devem atingir US$ 256 bilhões, valor que se equipara ao recorde da série histórica atingida em 2011”, diz o relatório. As importações também devem ser maiores que anteriormente projetado, apesar da alta do câmbio. Para o BC, a revisão está em linha com perspectiva mais favorável para a indústria de transformação nacional, com efeitos sobre a importação de bens intermediários. “Contribuem também os bons resultados nos meses iniciais do ano, o aumento nos preços dos combustíveis e a ocorrência de operações do Repetro no início do ano em valor acima do esperado”, diz o relatório. O Repetro é um regime fiscal aduaneiro que suspende a cobrança de tributos federais na importação de equipamentos para o setor de petróleo e gás, principalmente as plataformas de exploração. No caso da conta de serviços (viagens internacionais, transporte, aluguel de equipamentos, entre outros), o déficit foi revisado de US$ 22 bilhões para US$ 26 bilhões, motivado principalmente pela expectativa de menor déficit na conta de viagens, refletindo o prolongamento das restrições a viagens internacionais e o movimento do câmbio. O câmbio também motivou a ligeira redução no déficit da conta de renda primária, que deve registrar patamar ainda deprimido em relação a 2019, período anterior à pandemia e com taxa de câmbio mais baixa. A renda primária (lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários) foi de déficit de US$ 47 bilhões para déficit US$ 48 bilhões. Investimento estrangeiro No caso de um país registrar saldo negativo em transações correntes, ele precisa cobrir o déficit com investimentos ou empréstimos no exterior. A melhor forma de financiamento do saldo negativo é o Investimento Direto no País (IDP), porque os recursos são aplicados no setor produtivo. A projeção para os ingressos líquidos de IDP segue em US$ 60 bilhões (4% do PIB) em 2021. Em 2020, foram registrados US$ 34,2 bilhões (2,38% do PIB) de investimentos externos no Brasil. Fonte: Agência Brasil Leia Também Braga Netto passa mal durante férias em Alagoas Justiça libera R$ 160 milhões para área de segurança de seis estados Com vacinação, Brasil terá novo horizonte em 60 dias, diz Guedes Prefeitura de Porto Velho orienta que beneficiários do Auxílio Emergencial não precisarão fazer novo cadastro Exigir caução como garantia para atendimento médico-hospitalar emergencial é crime, alerta Procon de Rondônia Twitter Facebook instagram pinterest