MERCADO DE TRABALHO Desemprego bate recorde em 20 estados brasileiros em 2020 Publicada em 10/03/2021 às 09:26 Os impactos negativos da pandemia do coronavírus sobre o mercado de trabalho levaram 20 estados brasileiros a registrarem recorde da taxa média de desemprego em 2020. É o que apontam os dados divulgados nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os resultados regionais acompanharam a média nacional. Conforme divulgado pelo IBGE na última semana de fevereiro, a taxa média anual de desemprego do país em 2020 foi de 13,5%, a maior de toda a série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad). As maiores taxas foram registradas em estados do Nordeste e as menores, no Sul. Somente em sete estados a taxa de desemprego média do ano não bateu recorde. São eles: Pará, Amapá, Tocantins, Piauí, Pernambuco, Espírito Santo, e Santa Catarina. Dentre os 20 estados que registraram recorde, 12 tiveram taxa superior à média nacional. Os estados nos quais a taxa foi menor que a média do país são: Rondônia, Ceará, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Goiás. Menos da metade da população ocupada Em 15 estados, a maioria do Norte e Nordeste, o nível de ocupação ficou abaixo de 50% em 2020. Isso significa que menos da metade da população em idade de trabalhar nestes estados estava ocupada no ano. Na média nacional, foi a primeira vez que isso aconteceu. O nível de ocupação mais baixo foi registrado em Alagoas. O Rio de Janeiro foi o único estado fora do Norte e Nordeste onde o nível de ocupação ficou abaixo de 50%. De acordo com o IBGE, a população ocupada em todo país foi reduzida em cerca de 7,3 milhões de pessoas na comparação com 2019. Queda da informalidade reduziu a ocupação no país O IBGE destacou que a crise no mercado de trabalho afetou, inclusive, o trabalho informal no país, considerado a porta de mais fácil acesso à ocupação. E foi a queda do número de trabalhadores informais a principal responsável pelos recordes da taxa de desemprego e baixo nível de ocupação. “A queda da informalidade não está relacionada a mais trabalhadores formais no mercado. Está relacionada ao fato de trabalhadores informais terem perdido sua ocupação ao longo do ano”, explicou Adriana Beringuy. São considerados trabalhadores informais, segundo o IBGE, aqueles ocupados sem carteira, os trabalhadores domésticos sem carteira, os empregadores sem CNPJ, os que trabalham por conta própria sem CNPJ e os trabalhador familiar auxiliar. O levantamento mostrou que a taxa média de informalidade do país caiu 41,1% em 2019 para 38,7% em 2020. Entre os estados, 19 superaram a média nacional - variou de 39,1%, em Goiás, até 59,6% no Pará. Em sete desses estados, a taxa ultrapassou 50%. Apenas São Paulo (29,6%), Distrito Federal (28,2%) e Santa Catarina (26,8%) tiveram taxas de informalidade abaixo de 30%. No 4º trimestre, apenas cinco estados registraram queda do desemprego Na média nacional, a taxa de desemprego caiu de 14,6% para 13,9% na passagem do terceiro para o quarto trimestre. Entre os estados, no entanto, essa redução foi observada em apenas cinco: Minas Gerias, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Maranhão e Roraima. Fonte: G1 Leia Também Desemprego bate recorde em 20 estados brasileiros em 2020 Senador de Rondônia se manifesta contra a CPI da COVID-19 no Congresso Nacional; ouça a íntegra do áudio Brasil passa os EUA como o país com mais mortes diárias por Covid no mundo Conselho de Ética dá continuidade a processo contra Daniel Silveira Coluna Simpi – Simples Nacional fica fora das mudanças da PEC Emergencial Twitter Facebook instagram pinterest