JUSTIÇA Fachin quer adiar análise sobre suspeição de Moro, pautada para hoje Publicada em 09/03/2021 às 13:01 O ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), indicou para a Segunda Turma que deseja adiar o julgamento sobre a suspeição do ex-juiz Sergio Moro em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Nesta manhã, o habeas corpus em que Lula pede a suspeição de Moro foi pautado pelo ministro Gilmar Mendes, presidente da Segunda Turma, para ser julgado já na sessão da tarde desta terça-feira (9), marcada para às 14h. A inclusão na pauta ocorreu um dia depois de Fachin ter anulado as condenações do ex-presidente na Lava Jato. Pouco depois da inclusão em pauta, em novo despacho, divulgado pouco antes das 13h, Fachin disse que, na condição de relator do habeas corpus, indica o adiamento do julgamento. No mesmo despacho, Fachin também enviou uma questão de ordem ao presidente do Supremo, ministro Luiz Fux, pedindo que ele decida se a Segunda Turma pode ou não julgar a suspeição. Fachin argumenta que, como relator, já decidiu que o pedido de suspeição de Moro perdeu o objeto, uma vez que as condenações que motivaram a demanda não existem mais. Por esse motivo, ele quer que Fux decida se a suspeição ainda pode ser submetida a um julgamento colegiado. Ao pautar a suspeição, nesta manhã, Gilmar Mendes abriu para a Segunda Turma a oportunidade de discutir se mantém o arquivamento promovido por Fachin ou se julga o mérito do habeas corpus. A análise do caso já teve início no colegiado, mas estava interrompida desde 2018, devido a um pedido de vista (mais tempo de análise) feito pelo próprio Mendes. Até o momento, Edson Fachin e Cármen Lúcia já votaram por rejeitar o pedido de suspeição. Caso a Segunda Turma julgue o mérito do habeas corpus nesta terça-feira, o esperado é que Gilmar Mendes e Ricardo Lewandowski, notórios críticos da condução da Lava Jato em Curitiba, empatem o julgamento. A definição ficaria então com o ministro Nunes Marques, o mais recente entre os cinco integrantes do colegiado. No habeas corpus, a defesa de Lula levanta diversos argumentos para tentar demonstrar a parcialidade de Moro. Recentemente, por decisão de Lewandowski, os advogados tiveram acesso a diálogos entre o ex-juiz e procuradores da Lava Jato em Curitiba, obtidos pela Polícia Federal (PF) na Operação Spoofing. O material tem sido utilizado pelos defensores para engrossar a argumentação. Fonte: Agência Brasil Leia Também Fachin quer adiar análise sobre suspeição de Moro, pautada para hoje Receita oferece nova forma de obtenção da cópia do Imposto de Renda Câmara dos Deputados inicia debate sobre a PEC Emergencial Sine Municipal em Porto Velho tem mais de 20 vagas de emprego Governo de Rondônia reforça fiscalização para combater abate e comércio ilegal de carne bovina no Estado Twitter Facebook instagram pinterest