O Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO) encaminhou, na manhã de segunda-feira, 1º de março de 2021, ofícios para o setor de Auditoria Fiscal do Trabalho (do extinto Ministério do Trabalho e Emprego, agora Secretaria Especial de Previdência e Trabalho) e para o Departamento de Vigilância em Saúde – DPS (da Prefeitura Municipal de Porto Velho), cobrando fiscalização e atuação emergencial na questão da agência Urbana do Bradesco, localizada ao lado do terminal rodoviário da capital, que está sem sistema de climatização (ar condicionado) há mais 15 dias e com os funcionários atendendo a população num ambiente altamente insalubre.
O caso foi denunciado ainda na semana passada para a imprensa local, após o presidente do Sindicato, José Pinheiro, e a secretária Geral, Ivone Colombo, irem à agência e constatarem que o ambiente de agonia e sofrimento de funcionários, clientes e usuários, não era combatido como deveria por parte do banco que, por sua vez, apenas adotou a utilização de três climatizadores industriais como medida ‘paliativa’.
Estes aparelhos, segundo os funcionários, são abastecidos diariamente com gelo e funcionam soprando vento e água no local, o que desperta o alerta de todos pelo risco potencial de que o novo coronavírus possa ser ‘espalhado’ às pessoas que estiverem no ambiente.
De acordo com a coluna “Espaço Aberto” (do jornalista Cícero Moura), infectologistas consultados disseram que “a atitude do banco é temerosa”, pois o vento produzido pelos climatizadores podem disseminar o vírus para uma distância além dos dois metros recomendados para o distanciamento social. Além disso, estas máquinas não possuem entrada externa de ar, e por isso este ar circula várias vezes no ambiente que é, sobretudo, fechado e recebe dezenas de pessoas diariamente.
O Sindicato repudia o descaso do banco, pois num cenário de caos na saúde pública, com unidades de saúde completamente tomadas pelo atendimento na pandemia do coronavírus, o ideal seria que a instituição financeira garantisse um ambiente de trabalho, no mínimo, confortável e saudável para os trabalhadores e demais pessoas que ali transitam.
“E mesmo após muito diálogo com o regional do banco no Estado, até agora o problema não foi solucionado, e essas medidas paliativas implementadas pelo banco, em vez de ajudar (já que não refrigeram nada), podem até mesmo contribuir com a disseminação do vírus dentro da unidade com a utilização destes equipamentos emergenciais e inadequados para uma agência bancária”, destacou José Pinheiro.
O Sindicato aguarda, para qualquer momento, o resultado da ação impetrada na Justiça do Trabalho em que o SEEB-RO recomenda o fechamento da agência Urbana até que o problema seja solucionado em definitivo e da forma ideal para a saúde humana.