EDITORIAL Golpe das vacinas tem repercussão no campo eleitoral e enquanto Hildon Chaves “segura a bucha” Marcos Rocha aproveita Publicada em 24/04/2021 às 09:46 Porto Velho, RO – O prefeito Hildon Chaves, do PSDB, em seu segundo mandato consecutivo, já pode ser considerado político experiente. Por isso, claro, seu pronunciamento após as incursões policiais que desbarataram o suposto “golpe” da vacina, repercutindo negativamente em Porto Velho, município gerido pelo tucano, é, acima de qualquer coisa, uma tentativa de amenizar os ânimos da opinião pública. RELACIONADAS 01) Empresa que negociou vacinas da AstraZeneca/Oxford com a Prefeitura de Porto Velho é alvo de operação policial 02) Em coletiva, prefeito garante que Porto Velho não teve prejuízos financeiros com a negociação das vacinas 03) Jair Montes sobre desdobramentos das operações relacionadas às vacinas de Porto Velho: ‘‘Marcelo Thomé, esse tem que ser exonerado’’ De repente seja até possível apaziguar o íntimo de muita gente, entretanto, por outro lado, a despeito de não haver prejuízos de ordem financeira, já que o dinheiro da negociação ficou protegido sob tutela do Banco do Brasil, existem, sim, perdas psicoemocionais às pessoas. Depois do anúncio oficial relacionado à compra das 400 mil doses do imunizante AstraZeneca/Oxford, isto no dia 1º de abril, eixo da sociedade sentiu ali, finalmente, o alívio de estar diante do provável início do fim desse calvário que se arrasta sobre a humanidade. Então, quando Chaves roga à questão sanitária e ao lado emocional trazido pelo novo-velho Coronavírus (COVID-19/SARS-CoV-2), em sua visão, claro, talvez seja possível aplacar as sequelas da situação, pois, não há dúvidas, ao menos na compreensão deste jornalístico online, de que a transação ocorreu com a mais absoluta boa-fé por parte do mandatário do Palácio Tancredo Neves. Lado outro, o chefe do Executivo municipal não pode – nem deve esperar –, que seus adversários políticos tenham a mesma complacência. Apesar do esforço de sua equipe em pavimentar e recrudescer nas redes sociais o argumento humanitário ao maior estilo “é melhor falhar arriscando do que nem tentar”, 2022 é o pano de fundo de todos os atos administrativos – especialmente na pandemia. A crítica é necessária e compõe o ônus da atividade escolhida. Quem segura as rédeas não vive só de beijo, abraço e fungada no cangote. Aliás, o eco do povo é imprescindível à manutenção da democracia, oxigenando a Administração Pública. Antes de ser prefeito e até mesmo empresário, o peessedebista atuou como membro do Ministério Público (MP/RO) oficiando inclusive no setor de Saúde. Quando candidato, tanto na primeira incursão quanto na segunda, lançou mão de retóricas recheadas de frases de efeito como o famosíssimo “reconheço um bandido com dois minutos de conversa”. A tática rendeu louros à época, e o mantém com o espectro de bom orador, porém, cinco anos depois, o “fantasma” de suas próprias palavras vem com força total na intenção exclusiva de lhe assombrar na contemporaneidade. Porque o que é dito na Internet ecoa pela eternidade e não está mais restrito à fatia específica da história. Imaginar que oponentes não irão explorar isso até cansarem os dedos é burrice aguda ou ingenuidade patológica. Em suma, enquanto Hildon “segura a bucha”, o governador Coronel Marcos Rocha, sem partido, aproveita o resvalo do seu potencial concorrente eletivo do ano que vem. Ele tuitou o seguinte no dia 23 de abril: “[...] Como sempre, manteremos a população atualizada com transparência, sem fantasias e promessas [...]”. O trecho final é uma “alfinetada” subjetiva, e faz parte do cotidiano nas lutas internas e externas pelo Poder. As próximas eleições já são as eleições de agora, afinal. Fair play? Só no futebol. Fonte: Rondoniadinamica Leia Também Ex-senadora Fátima Cleide saúda Hermínio Coelho em seu retorno ao PT: ‘‘2022 já começou’’ Coronel Chrisóstomo, Vice-líder do Governo Bolsonaro, foi convidado pelo Presidente para cerimônia de troca de comando do Exército ALE deve ‘‘perder’’ dois deputados em breve; outra dupla será julgada por seus pares; e Confúcio quer saída de Salles Em Ji-Paraná, falta leitos de UTI, EPI a servidores, medicação sedativa e para intubação em pacientes graves com COVID-19 Coronel Chrisóstomo anuncia apoio ao ministro do Meio Ambiente e destaca iniciativas de Ricardo Salles em prol do desenvolvimento de Rondônia Twitter Facebook instagram pinterest