MYANMAR EUA apelam à "libertação imediata" de jornalista norte-americano Publicada em 28/05/2021 às 16:10 "Estamos profundamente preocupados com a detenção do cidadão norte-americano Daniel Fenster, que trabalha como jornalista, em Myanmar", afirmou um porta-voz do Departamento de Estado norte-americano. "Exortamos o regime militar a libertá-lo imediatamente e vamos continuar a fazê-lo até que ele tenha autorização para voltar para casa e para a sua família em segurança", acrescentou o porta-voz da diplomacia norte-americana, precisando que a embaixada dos EUA em Rangum solicitou ter acesso ao detido, pedido esse que se revelou, até à data, infrutífero. Perante tal situação, o representante do Departamento de Estado norte-americano exortou o regime militar birmanês a autorizar o acesso consular, "como previsto pela Convenção de Viena [sobre relações diplomáticas]". Daniel Fenster, de 37 anos, responsável editorial da Frontier Myanmar, foi detido na segunda-feira no aeroporto de Rangum quando se preparava para apanhar um avião para a Malásia. Já na semana passada, o jornalista independente japonês Yuki Kitazumi, detido juntamente com presos políticos na sequência do golpe de Estado em Myanmar em fevereiro passado, disse que a sua prisão fora uma advertência para intimidar os 'media' estrangeiros no país. "A detenção de Daniel, bem como a prisão ou o uso de violência por parte do exército birmanês contra outros jornalistas, constitui um ataque inaceitável à liberdade de expressão em Myanmar", disse o mesmo porta-voz norte-americano, insistindo na necessidade de "'media' livres e independentes, indispensáveis para a construção de sociedades livres, resilientes e prósperas". A maioria dos jornalistas birmaneses encontra-se atualmente na clandestinidade no interior do país ou estão no estrangeiro, e continuam a informar sobre a situação no país. Myanmar encontra-se numa situação de caos, com a economia paralisada, desde o golpe de 01 de fevereiro. A repressão da oposição já fez mais de 800 mortos e dezenas de milhares de civis estão deslocados devido aos confrontos entre o exército e as milícias étnicas, numerosas no país. O exército de Myanmar justificou o golpe de Estado com supostas fraudes eleitorais durante as legislativas de novembro de 2020 cujo resultado deu a vitória à Liga Nacional para a Democracia, força liderada por Aung San Suu Kyi. As eleições legislativas foram consideradas legais pelos observadores internacionais. Fonte: Notícia ao Minuto - Portugal Leia Também EUA apelam à "libertação imediata" de jornalista norte-americano Macron defende reforço de produção de vacinas na África do Sul Casos de síndrome respiratória aguda grave devem crescer no país TJRO prorroga Ato Conjunto que garante medidas restritivas em função da pandemia Sebrae engajado na campanha Tampinha no Chão Não! Twitter Facebook instagram pinterest