IMUNIZANTE Macron defende reforço de produção de vacinas na África do Sul Publicada em 28/05/2021 às 16:08 "Sem um sistema de saúde robusto, não se consegue alcançar seja o que for que seja sustentável, combinando infraestruturas de qualidade com profissionais de classe mundial - o vosso país alcançou resultados tremendos - e é por isso que também decidimos que a agência francesa para o desenvolvimento irá investir 2 mil milhões num programa de saúde especificamente dedicado a esta tragédia da covid-19", afirmou Emmanuel Macron. O chefe de Estado francês, que falava na Universidade de Pretória, adiantou que o investimento francês "será reforçado com valor acrescentado", salientando que quer "também ajudar a reforçar a capacidade da África do Sul para enfrentar esta crise e todas as outras doenças e questões de saúde", o que será feito com "o acompanhamento com a OMS [Organização Mundial de Saúde]". Nesse sentido, Macron disse também que os dois países concluíram uma série de iniciativas com as farmacêuticas sul-africanas Aspen e Biovac, juntamente com a Alemanha, os Estados Unidos da América, o Banco Mundial e a União Europeia, "precisamente para aumentar a capacidade atual e transferir rapidamente tecnologias concretas das vacinas atuais para as produzir para o mercado final". "Isto servirá para atender à crise a curto prazo e constituirá uma solução para as necessidades de médio e longo prazo", frisou. "Vamos mobilizar o setor privado e todos os nossos parceiros aqui na África do Sul, para se investir na formação e transferência de conhecimento no âmbito deste programa de desenvolvimento da indústria farmacêutica em África", salientou. O chefe de Estado francês elogiou a liderança do Presidente Cyril Ramaphosa no combate à pandemia de covid-19 no continente, e a capacidade da África do Sul no sequenciamento genómico do novo coronavírus, referindo que os cientistas sul-africanos "têm sido instrumentais na identificação das várias variantes". "Sem esta capacidade teríamos provavelmente cometido muitos erros durante os meses passados", sublinhou, acrescentando: "E podem contar com a cooperação dos centros de investigação franceses, alemães e europeus". Na ótica do Presidente francês, "a grande questão" atual "é produzir mais vacinas e não devem existir proibições e restrições", apelando à remoção de "todas as barreiras ao acesso às vacinas em África". O chefe de Estado francês, que realiza a sua primeira vista oficial à África do Sul, adiantou também que o Governo francês vai doar 30 milhões de doses de vacinas até ao fim do ano. Emmanuel Macron considerou também que existe "falta de transparência" e "prestação de contas" com a iniciativa Covax, da OMS, por se estar "a acumular os comprometimentos financeiros" sem se saber "quando e onde estão a ser entregues as vacinas". "Ninguém consegue dizer qual é o custo real das doses que estamos a adquirir e julgo que o preço deveria ser regulado porque os países pobres estão a pagar mais do que os países ricos", frisou o Presidente francês. Anteriomente, no final de conversações bilaterais com o seu homólogo sul-africano Cyril Ramaphosa no palácio presidencial 'Union Buildings', na capital, Pretória, Macron disse que a França "é a favor do levantamento das barreiras, nomeadamente da propriedade intelectual, para a produção de vacinas contra a covid-19 na África do Sul e em outros países do continente". "É necessário vacinar rapidamente o maior número de pessoas e temos que abranger o maior número de pessoas em todo o mundo", sublinhou Macron. Em declarações à Lusa, Stavros Nicolau, administrador da farmacêutica multinacional sul-africana Aspen, o maior investidor em França, onde detém unidades industriais de produção, considerou ser "urgente a Europa fornecer tecnologia" para que o continente africano possa construir a sua própria capacidade de produção. "Produzir em termos do produto final e da produção de conteúdo, e um segundo aspeto importante das conversações de hoje, teve a ver com a possibilidade de as agências globais de aquisição de vacinas adquirirem também vacinas às empresas farmacêuticas africanas, porque são necessárias economias de escala", disse o gestor sul-africano. A visita de dois dias do chefe de Estado francês arrancou no 'Union Buildings', sede da Presidência sul-africana, em Pretória, onde decorreram conversações bilaterais sobre temas como saúde, ensino (transferência de competências), comércio e segurança regional. Fonte: Notícia ao Minuto - Portugal Leia Também Macron defende reforço de produção de vacinas na África do Sul Casos de síndrome respiratória aguda grave devem crescer no país TJRO prorroga Ato Conjunto que garante medidas restritivas em função da pandemia Sebrae engajado na campanha Tampinha no Chão Não! Tabagismo matou 7,7 milhões de pessoas no mundo em 2019 Twitter Facebook instagram pinterest