RECONHECIMENTO Rondônia é reconhecido internacionalmente como zona livre de aftosa sem vacinação; exportação de carne será ampliada Publicada em 28/05/2021 às 13:10 Em conquista histórica, o Estado de Rondônia, em parceria com o produtor rural e demais instituições ligadas ao setor agropecuário, finalmente foi reconhecido, na manhã desta quinta-feira (27), como zona livre de febre aftosa sem vacinação. O anúncio do novo status sanitário foi feito em assembleia geral da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), na França, e traz consigo a promessa de grandes negócios e oportunidades. O presidente da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron), Julio Cesar Rocha Peres, explica que o reconhecimento também impõe desafios, que será preciso manter o rigor dos cuidados sanitários e que o produtor rural terá papel ainda mais importante para garantir a manutenção desse novo status sanitário. “O produtor rural, que sempre esteve engajado nas ações desenvolvidas pelo Governo do Estado, continuará a ter grande relevância na prevenção de doenças no nosso gado”, disse Julio. Segundo ele, na área da economia, a expectativa é que as exportações aumentem e que este ano de 2021 feche com mais de $ 756 milhões (dólares) em exportação de carne. Outra boa notícia é que, com o reconhecimento internacional, a carne produzida em Rondônia poderá ser exportada para países que pagam melhor pela arroba do boi, como as nações da União Europeia e o Japão. “Claro que essa conquista não foi por acaso: temos muito a agradecer aos profissionais da Idaron, indistintamente, que sempre se dedicaram ao trabalho, atendendo o produtor em todas as regiões do Estado. Paralelo aos vultosos investimentos feitos pelo Governo de Rondônia, com ações bem direcionadas, a Idaron se instalou em todos os municípios e distritos e, há mais de 20 anos, conseguiu erradicar a febre aftosa, fazendo com que o Estado despontasse entre os maiores produtores de carne bovina do país e ganhasse destaque no agronegócio nacional e internacional”, destacou o presidente. Ainda sobre o reconhecimento internacional, Julio Cesar explica que o produtor aceitou os desafios e cumpriu todas as exigências impostas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pela OIE. “Em contrapartida, o Poder Executivo fortaleceu a Idaron, possibilitando o controle de trânsito, a inspeção sanitária e o trabalho de educação sanitária nos municípios, distritos e localidades, em todas as regiões do Estado, inclusive em áreas de rios e mata, onde o acesso é restrito. Isso garante certificação de qualidade ao boi produzido em Rondônia. Hoje, por terra, água ou ar, a Idaron consegue atender o produtor rural, sem restrições”. INVESTIMENTOS Já na expectativa de alcançar a chancela da OIE, em apenas dois anos, 2019 e 2020, o Governo de Rondônia investiu mais de R$ 40 milhões na Idaron, com renovação e ampliação da frota, aquisição de um avião anfíbio, reforma de dois barcos que atuam na fronteira, compra de quatro quadriciclos, para acessar áreas de atoleiro e ampliou a rede de comunicação, para que o pecuarista possa acessar os serviços da Agência pela internet ou celular. “Para este ano, ainda está prevista a aquisição de 11 vans, mais 30 caminhonetes e 20 veículos leves, além de equipamento e material para aprimoramento do trabalho desenvolvido pelos profissionais da Idaron”, afirmou Julio Cesar. FEFA Outra peça fundamental nesse processo de erradicação da febre aftosa, além dos próprios criadores e do poder público, é o Fundo Emergencial da Febre Aftosa do Estado de Rondônia (Fefa), criado pela iniciativa privada para reforçar o sistema de defesa sanitária e garantir segurança aos produtores. “O status mundial de área livre de aftosa é um referencial de primeira linha, algo que os setores da produção almejavam há muito tempo. Para o Fefa, é uma caminhada importante, que começou com a constituição do fundo e com investimentos no fortalecimento do sistema de defesa”, comenta o presidente do Fundo, José Vidal Hilgert. VANTAGENS Com a chancela da OIE, Rondônia só tem a ganhar: Redução de perdas na produção leiteira e de carne; Redução das perdas nas carcaças, devido às reações causadas pela vacina; Redução da queda em abortos na Inseminação a Tempo Fixo (IATF) e Facilita o acesso a mercados atraentes do circuito não aftósico. Fonte: Toni Francis/Secom Leia Também Rondônia é reconhecido internacionalmente como zona livre de aftosa sem vacinação; exportação de carne será ampliada TRE-RO realiza a outorga de Medalhas de Mérito Especial Eleitoral Ação “Toda Mulher Precisa de Cuidado” faz último atendimento na zona leste Governo de Rondônia convida empresas especializadas em serviços hospitalares para atender hospitais de campanha Porto Velho: Pessoas com comorbidade com mais de 40 anos passam a ser vacinadas a partir desta sexta-feira (28) Twitter Facebook instagram pinterest