CPI DA COVID Senadores lamentam HC de Pazuello, mas avaliam que medida não atrapalha CPI Publicada em 15/05/2021 às 09:35 O vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito da Pandemia, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que recebeu com "serenidade e tranquilidade" a notícia de que o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu habeas corpus preventivo pedido pela Advocacia-Geral da União (AGU) para que o general Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, não responda às perguntas dos senadores na CPI. "Decisões judiciais, mesmo quando contraditam nossa vontade, devem ser respeitadas. É assim que deve funcionar uma democracia", disse o senador, em vídeo publicado no Twitter. Embora tenha criticado que Pazuello "se esconde atrás de um habeas corpus", Randolfe ressaltou que respeita os direitos do general. No entanto, o senador reforçou que não será apenas o depoimento do ex-ministro da Saúde o único meio da CPI buscar "a verdade". "É a mínima satisfação que podemos dar às mais de 420 mil famílias brasileiras que estão despedaçadas pelo coronavírus", afirmou. À CNN, o relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), afirmou que a decisão do STF não atrapalha no propósito de investigar e ressaltou que, "em momento nenhum", a comissão quis que Pazuello se "autoincriminasse". "Não vai nos prejudicar essa decisão. Eu sei que ele vai ficar calado para não se incriminar, o que se espera é que ele responda sobre a ação de outras pessoas, sobre ele ao longo das investigações teremos outros depoimentos. A decisão põe limite de segurança, mas não há de nos atrapalhar”, disse o alagoano. O presidente da comissão, senador Omar Aziz (PSD-AM), comentou que o STF que ordenou a abertura da CPI é o mesmo que "tira a oportunidade de um ex-ministro da Saúde esclarecer os fatos". "Justamente o que mais tempo ficou no Ministério da Saúde durante a pandemia, que poderia ter ordenado a compra de vacinas", escreveu Aziz também no microblog. Mais cedo, também falando à CNN, o senador Marcos do Val (Podemos-ES), integrante suplente da CPI, avaliou que o pedido de habeas corpus expedido pela AGU para o ex-ministro da Saúde pode passar a impressão de que o militar é culpado, mas tem como o objetivo preservar o general. "[Pedido de habeas corpus] até pode passar [a impressão de que Pazuello é culpado]. Mas para toda ação, há uma reação. O que aconteceu na CPI, com toda a certeza, botou como uma decisão esse movimento da AGU. Como vai colocar um general em uma posição tão delicada como essa? É natural que, diante de todas essas estabilidades emocionais que estão tendo dentro da CPI, ele tome um caminho que possa preservar ele como pessoa, como instituição e como ex-ministro", avaliou. Para o parlamentar, a decisão de pedir o habeas corpus para Pazuello foi tomada após a sessão que ouviu o ex-secretário especial de Comunicação da Presidência da República Fabio Wajngarten. Fonte: CNN Leia Também Senadores lamentam HC de Pazuello, mas avaliam que medida não atrapalha CPI Igreja Universal sinaliza romper com Bolsonaro por causa de crise em Angola Ivo Cassol pode ser ‘‘água no chope’’ de Marcos Rogério nas eleições de Rondônia em 2022 Anderson solicita do governo esclarecimentos sobre a falta de manutenção no aparelho de ressonância do HR de Cacoal Luizinho Goebel participa do lançamento do projeto Tchau Poeira e destaca ações que beneficiarão Vilhena Twitter Facebook instagram pinterest