DENÚNCIA ONU alerta para violência sexual contra mulheres detidas em Myanmar Publicada em 25/06/2021 às 15:35 "Os relatos de violência sexual que estão a surgir em locais de detenção são muito preocupantes", declarou em comunicado a representante especial das Nações Unidas para a Violência Sexual em Conflitos, Pramila Patten. "Apelo para o fim de todas as formas de violência contra as mulheres, assim como a que seja dado acesso sem impedimentos para investigar independentemente estas alegadas denúncias", acrescentou. Nos últimos meses, surgiram em Myanmar repetidas denúncias de que a junta militar no poder usa violência sexual contra as mulheres que apoiam o movimento de oposição ao golpe de Estado ocorrido a 01 de fevereiro deste ano. Em abril, uma organização não-governamental birmanesa lançou uma campanha para chamar a atenção para o problema que, asseguravam, disparou com a repressão e o clima de impunidade com que agem as forças de segurança desde o golpe de Estado. Segundo Pramila Patten, as informações sobre agressões sexuais, tortura e abusos físicos e verbais transformaram-se "numa alarmante parte da vida diária" em Myanmar. A responsável da ONU recordou que a violência sexual representa uma violação do direito penal internacional para aqueles que a cometem, a ordenam e a permitem. Patten recordou ainda que estão, desde há anos, documentados padrões de violência sexual sobre mulheres de minorias étnicas e religiosas por parte de militares birmaneses, que levaram a ONU a incluir o exército do país numa espécie de lista negra da denúncia deste tipo de crimes. Pelo menos 880 pessoas morreram e mais de 6.000 foram detidas de forma arbitrária desde o golpe de Estado protagonizado pelas forças da junta militar, que usaram armamento militar para reprimir violentamente protestos pacíficos, segundo dados da Associação para a Assistência a Presos Políticos. O exército de Myanmar justifica a sua insurreição com uma alegada fraude nas eleições legislativas de novembro passado, aprovadas pela comunidade internacional e nas quais o partido da prémio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi obteve uma esmagadora maioria. Fonte: Notícia ao Minuto - Portugal Leia Também ONU alerta para violência sexual contra mulheres detidas em Myanmar Sebrae reúne secretários municipais para apresentar programa de sustentabilidade Leilão da ANP negocia 1,1 bilhão de litros de biodiesel Nova espécie de ancestral humano é descoberta em Israel Lei que autoriza eutanásia na Espanha entra em vigor; entenda as regras Twitter Facebook instagram pinterest