RESENHA POLÍTICA Encenação de Bolsonaro; Senador do Rolex; Máximo Fazendo graça com o chapéu alheio Publicada em 20/07/2021 às 13:47 ESCÁRNIO Não caiu bem para os senhores parlamentares do Congresso Nacional o aumento vergonhoso de dois bilhões para quase seis nos recursos do “Fundão” que vão engordar as contas bancárias dos partidos políticos e irrigar as campanhas eleitorais de 2022. Com os rolos expostos por operações policiais entre políticos e empresas, em 2017, optou-se em proibir o financiamento privados das campanhas eleitorais que passaram a ser financiadas por recursos públicos. No ano passado foram destinados dois bilhões e, para 2022, o Congresso colocou no orçamento da União três vezes mais. Recursos que poderiam ser melhor utilizados na saúde, educação ou na infraestrutura do país. Um escárnio aos olhos da população. ENCENAÇÃO O presidente Jair Bolsonaro sinalizou que pretende vetar o aumento do fundão, mas deveria reprovar publicamente o filho deputado federal que votou a favor desta excrescência orçamentária. Não puxou as orelhas publicamente do rebento nem dos aliados que seguiram o mesmo voto, embora tenha reagido com dureza contra o deputado federal que presidiu a sessão e sinalizado que vai vetar. Vão ajustar para patamares aparentemente menores como forma de engabelar a população. Tudo encenação. VOTOS DE RO Os deputados Lúcio Mosquini (MDB), Mariana Carvalho (PSDB), Sílvia Cristina (PDT) e Jaqueline Cassol (PP) votaram pela aprovação do “Fundão”. Por coincidência são dirigentes regionais dos seus respectivos partidos e devem colocar a mão numa quantia milionária dos recursos públicos nas eleições do ano que vem. Já Léo Moraes (Podemos), Expedito Neto (PDS), Coronel Crisóstomo (PSL) e Mauro Nazif (PSB) foram contra a esta vergonhosa sangria aos cofres públicos. SENADO A maioria dos senadores de Rondônia também apoiou o aumento dos recursos públicos para a campanha eleitoral de 2022, Marcos Rogério (DEM), principal escudeiro de Jair Bolsonaro na CPI do Covid e parlamentar que mais critica malfeitos votou a favor. Confúcio Moura (MDB) também votou Sim. Acir Gurgacz do PDT preferiu ausentar-se, mas sua pupila na Câmara Federal, Sílvia Cristina, votou pela aprovação. ROLEXEANDO Não passou despercebida da imprensa nacional a ostentação do senador Marcos Rogério (DEM) que desfilava na sessão da CPI com um luxuoso relógio Rolex. É a joia mais cobiçada pelos novos ricos com preço médio acima dos vencimentos líquidos da maioria dos parlamentares. Quem visita o gabinete do senador rondoniense diz: “fui dar um Rolex (entenda como passeio) ali no gabinete de Marcos”. Esta é a piada do momento nos corredores senatoriais. ZÉ DO GORRO “Fazer graça com o chapéu alheio”, este é um provérbio português que se enquadra no gorro que ornamenta a cabeça do Secretário de Estado de Saúde, Fernando Máximo. No esforço concentrado promovido pela prefeitura de Porto Velho, quando montou uma super estrutura de drive thru para vacinar a população da capital, o secretário apareceu de surpresa, com o indefectível gorro, para tirar uma “casquinha” política. Ao verificar a empulhação, o prefeito Hildon Chaves reagiu e pôs Máximo do gorro pra correr do local. O gracejo não lhe caiu bem na foto. Nem o gorro. HEURO Após o tão comemorado leilão para a construção do novo Hospital Heuro na capital, começaram a aparecer suspeições sobre a empresa de corretagem que participou do processo. Quem colocar o nome no Google verificará que há no interior do Rio de Janeiro, entre outras localidades, várias condutas empresariais supostamente questionáveis. É uma obra fundamental para a população de Rondônia, em particular da capital, que exige dos agentes públicos toda transparência possível uma vez que possui cláusulas contratuais que transcendem décadas e com cifras milionárias. OPÇÃO A opção do Governo de Rondônia pela modalidade “built to suit” (parceria com setor privado) para construção da unidade de Pronto Socorro é boa. No entanto, precisa que todos os procedimentos contratuais e da escolha das empresas sejam às claras e sem espaço para suspeições. O governo anterior prometeu e não cumpriu construir o novo hospital e todas as tentativas foram frustradas por razões legais. MALHETE Pela parceria privada, com exemplo exitoso em Rondônia, o governo conseguiu agilizar o processo de construção da unidade hospitalar sem as amarras da burocracia estatal que é intrincada. A ação governamental ganhou aplausos de todos os setores, com justiça. Acertou, portanto, a modalidade, o que não pode é errar nas parcerias. Por enquanto pairam desconfianças que, por precaução, devem ser bem avaliadas antes que o outro martelo ressoe sobre todos os atores implacavelmente. Fonte: Robson Oliveira Leia Também Deputado Federal Coronel Chrisótomo agradece reconhecimento do trabalho realizado em prol do município de Ariquemes Comissão de saúde discute com servidores e governo reajuste salarial e plano de carreira de categorias Encenação de Bolsonaro; Senador do Rolex; Máximo Fazendo graça com o chapéu alheio Cirone Deiró homenageia com Voto de Louvor pastor Manoel Ângelo Chagas, presidente da Igreja Assembleia de Deus, em Rolim de Moura Deputado Federal Lúcio Mosquini se reúne com novo superintendente da PRF para discutir projetos e demandas Twitter Facebook instagram pinterest