POLÍTICA Pedro Sánchez anuncia remodelação do governo espanhol Publicada em 10/07/2021 às 10:33 O presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, anunciou neste sábado (10) uma reformulação de seu governo de coalizão, que reúne os socialistas e a esquerda radical do Podemos. Essa reestruturação não afeta a aliança entre o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) de Sánchez e o partido Podemos, de extrema-esquerda, que mantém seus cinco ministérios. As mudanças estão concentradas nas 17 pastas em poder de membros do PSOE ou pessoas próximas. "A partir de hoje começa o governo de recuperação para superar a pior calamidade da humanidade em décadas", disse Sánchez ao anunciar a nova composição. Entre as mudanças mais importantes estão a saída da número dois do Executivo, Carmen Calvo, e da ministra das Relações Exteriores, Arancha González Laya, que será substituída pelo atual embaixador da Espanha na França, José Manuel Albares. "Superada a parte mais difícil da pandemia, o novo governo terá como principal tarefa consolidar a recuperação econômica e também a criação de empregos e, sem dúvida, gerir essa enorme oportunidade que os fundos europeus representam para se modernizar e apoiar mais nossa economia", disse o chefe do governo. Sánchez ressaltou ainda que a remodelação da sua equipe também representa uma "renovação geracional". Com as mudanças, a idade média do governo passou de 55 anos para 50. Além disso, há mais mulheres no Executivo. "Antes tínhamos 54% de mulheres e agora 63%, o que mais uma vez torna o nosso país uma referência em termos de paridade", frisou. O presidente do governo insistiu que a recuperação deve ser "justa e chegar a todos os cantos do país" e sublinhou que a sua nova equipe é "jovem, mas experiente", e tem um "espírito de proximidade com os cidadãos". Esta reforma é a primeira de envergadura desde o início da legislatura, em janeiro de 2020, quando os socialistas e o Podemos formaram um governo de coalizão pela primeira vez na história recente da Espanha. Antes, apenas pequenas mudanças haviam sido realizadas devido às demissões do ex-ministro da Saúde, Salvador Illa, e do fundador e então líder do Podemos, Pablo Iglesias, que ocupava uma das vice-presidências do Executivo e deixou o cargo para tentar a presidência do governo de Madri. Iglesias perdeu as eleições e deixou a vida política depois que sua derrota foi confirmada em 4 de maio. A reformulação do governo espanhol ocorre três meses após a derrota da esquerda nas eleições regionais de Madri, bastião de direita e onde a atual presidente Isabel Díaz Ayuso, do conservador Partido Popular, conquistou maioria absoluta e o partido socialista caiu para terceira força. Além disso, a recente decisão do governo de conceder indulto aos líderes da independência catalã presos após a tentativa fracassada de secessão de 2017 gerou desaprovação pública e deu munição à oposição de direita que busca derrotar Sánchez nas eleições de 2023. Neste momento, algumas pesquisas colocam o PP na frente ou empatado nas intenções de voto com os socialistas se as eleições fossem realizadas hoje. Fonte: AFP Leia Também Pedro Sánchez anuncia remodelação do governo espanhol 4º Batalhão de Polícia Militar presta última homenagem ao coronel PM Coronel Lago G20 se aproxima de aprovação política de tributação de multinacionais Haiti pede ajuda dos EUA e da ONU com tropas militares após assassinato do presidente Estudo da Fiocruz mostra efetividade das vacinas em idosos Twitter Facebook instagram pinterest