PARCERIA Programa de Pós-Graduação em Biologia Experimental fortalecido entre Fiocruz Rondônia e Unir Publicada em 14/07/2021 às 13:15 O Programa de Pós-Graduação em Biologia Experimental (PPGBIOEXP) da Fundação Universidade Federal de Rondônia (Unir) passa a ser oferecido, a partir de agora, no formato associativo com a Fundação Oswaldo Cruz – Fiocruz Rondônia. Os ajustes iniciais necessários à inclusão do programa em associação já foram realizados e concluídos na Plataforma Sucupira e sistemas correlatos na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). A solicitação para a mudança no programa iniciou em 2019, em comum acordo entre as duas instituições (Unir e Fiocruz Rondônia), contando com interlocução da Coordenação Geral de Educação da Fiocruz, vinculada à vice-presidência de Educação, Informação e Comunicação (VPEIC) e Unir, e representa o reconhecimento ao trabalho desenvolvido na área da pesquisa em saúde e formação de recursos humanos, há mais de duas décadas no estado de Rondônia, por essas instituições. De acordo com o coordenador da Fiocruz Rondônia, Jansen Fernandes de Medeiros, que iniciou juntamente com o professor Gabriel Eduardo Melim Ferreira os encaminhamentos junto à Capes, essa mudança irá trazer inúmeros benefícios para a pesquisa científica na Amazônia e, consequentemente, para o desenvolvimento da região, pois novos investimentos poderão ser aplicados por meio da destinação de recursos para pesquisa e “cotas de bolsas”, desta forma, ampliando as oportunidades aos estudantes da pós-graduação e estimulando a inserção de novos pesquisadores nas áreas de abrangência do PPGBIOEXP. Atualmente, a pós-graduação em Biologia Experimental conta com 14 professores credenciados, sendo que 12 são pesquisadores efetivos da Fiocruz Rondônia e colaboram com o Programa. A vice-coordenadora de Ensino, Informação e Comunicação da Fiocruz Rondônia, Deusilene Vieira, destacou o engajamento da instituição frente aos constantes desafios da pesquisa no extremo Norte do país, e enfatizou que “este novo momento da pós-graduação em Biologia Experimental é uma conquista que pode ser celebrada por toda a sociedade rondoniense, principalmente se considerarmos que os nossos egressos passam a atuar também na formação de novos indivíduos e na pesquisa, além de ocuparem outros cargos importantes no contexto da saúde pública”, destacou. O vice-reitor da Unir, Juliano Cedaro, que em 2019, quando começaram as tratativas, atuava como diretor do Núcleo de Saúde, enfatizou que nesse momento as parcerias entre Unir e Fiocruz Rondônia estão ainda mais fortalecidas, o que garantirá a ampliação das pesquisas, ingresso de mais alunos e “o reforço nas publicações de alto impacto, com isso, a meta é que na próxima avaliação quadrienal da Capes, teremos o primeiro programa de pós-graduação de Rondônia com nota 5, aproximando-se da condição de um curso de excelência, em termos internacionais”, disse. PESQUISAS A pós-graduação em Biologia Experimental da Unir teve seus passos iniciais ainda no fim da década de 1990, período que coincide com a chegada de pesquisadores da USP a Rondônia, para desenvolverem pesquisas sobre malária. Desde a década de 1980, o Estado vinha enfrentando uma enorme epidemia da doença. Participaram dessa mobilização, os pesquisadores Luiz Hildebrando Pereira da Silva, que dirigia o Laboratório de Parasitologia Experimental do Instituto Pasteur de Paris, Erney Plessmann de Camargo e Henrique Krieger, do Departamento de Parasitologia do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB-USP), além de jovens pesquisadores como Luís Marcelo Aranha Camargo, Marcelo Urbano Ferreira, Fabiana Piovesan Alves, Mauro Shugiro Tada, Juan Miguel Villalobos-Salcedo e as geneticistas Vera Engracia Gama de Oliveira e Maria Manuela Fonseca Moura. Ao instalar-se em Porto Velho, o Centro de Pesquisa em Medicina Tropical (Cepem), em 1995, tornou-se um dos principais ancoradouros de massa crítica na área da pesquisa em doenças tropicais na Amazônia, colaborando de forma decisiva com a construção do Instituto de Pesquisas em Patologias Tropicais (Ipepatro), no fim da década de 1990, instituto que incorporou em 2009 o Escritório Técnico da Fiocruz Rondônia. De um lado, tornava-se evidente a necessidade de se desenvolver a formação avançada de mestres e doutores e criar estrutura adequada para a formação local desses pesquisadores. No entanto, a formação via USP não criava mecanismos e estruturas suficientes para o recrutamento e permanência de jovens interessados em cursos de mestrado. Por meio de concurso, a Universidade Federal de Rondônia abriu vagas para disciplinas básicas da Biologia e Medicina, tendo sido aprovadas para assumir as disciplinas de Genética e Biologia Geral, as geneticistas Vera Engracia e Maria Manuela, assim como o pesquisador Juan Miguel Villalobos-Salcedo, na disciplina de Parasitologia, já integradas ao Cepem. Com isso, foi encaminhada à Capes, pela Unir, a solicitação de um programa de pós-graduação em Biologia Experimental, tendo sido aprovada em 2000 e a sua instalação ocorrida no ano seguinte, com abertura da primeira turma de Mestrado contando com 30 candidatos aprovados, de um total de 73 candidatos inscritos. A professora Vera Engracia assumiu as funções de coordenadora da formação e manteve-se no cargo durante dez anos. Pesquisas com flebotomíneos no Laboratório de Entomologia Ao longo desses 20 anos de existência, foram formados pelo PPGBIOEXP, em colaboração com a Fiocruz Rondônia, cerca de 160 mestres e 60 doutores e parte significativa desses pesquisadores atua na região, seja em universidades, instituições de pesquisa ou órgãos de governo. Fernando Zanchi, pesquisador em Saúde Pública da Fiocruz Rondônia e docente do PPGBIOEXP, foi um dos selecionados na primeira turma de mestrado aberta pelo programa. Segundo ele, muitas possibilidades surgiram a partir da pós-graduação, “se já no início de sua implantação foi possível amenizar os impactos da desigualdade científica, gerando a grande maioria da massa pensante e atuante no Estado nas áreas de epidemiologia e controle de doenças parasitárias e virais, além de prospecção para novas terapias partindo da biodiversidade da região amazônica, agora, com a oficialização, pela Capes, do modelo associativo entre Unir e Fiocruz Rondônia, este pode ser considerado um acontecimento histórico a ser rememorado pelas futuras gerações”, destacou Zanchi. Após cinco anos interagindo com o PPGBIOEXP-Unir, por meio de um acordo de cooperação institucional firmado em 2016 com a Fiocruz Rondônia, a Pós-graduação em Biologia Experimental, com base na Portaria Nº 214, de 27 de outubro de 2017 publicada pela Capes, recebeu parecer favorável à reestruturação para o formato associativo pela Diretoria de Avaliação da Capes. Processo que contou com forte apoio das instâncias superiores das IES envolvidas (Unir e Fiocruz Rondônia), bem como da Coordenação da Área CBIII. Com isso, ampliam-se oficialmente as perspectivas de desenvolvimento do ensino e pesquisa em saúde na região Norte do país, com novas possibilidades de aporte de recursos e cooperações com outras unidades de ensino e pesquisa da Fiocruz e suas redes. “Nossa região é marcada por desigualdades acadêmicas e socioeconômicas, e em um momento extremamente delicado para a pesquisa e a saúde dos brasileiros, o fortalecimento do PPGBIOEXP – Unir/Fiocruz Rondônia é um marco para a nossa comunidade”, finalizou o vice-coordenador do programa, Fonte: José Gadelha/Secom Leia Também Programa de Pós-Graduação em Biologia Experimental fortalecido entre Fiocruz Rondônia e Unir Biblioteca Municipal Viveiro das Letras fica em 1º lugar em Seminário Internacional Rondoniense transforma 35 anos de experiência profissional em livro voltado à sonorização com apoio da Lei Aldir Blanc Idaron intensifica fiscalização para proteger lavoura de cacau rondoniense contra fungo Secretários Escolares da rede municipal de ensino recebem capacitação Twitter Facebook instagram pinterest