Após incêndios, enchentes na Turquia forçam despejo de hospital

Os socorristas turcos evacuaram, nesta quarta-feira (11), um hospital regional e resgataram moradores presos em telhados após inundações repentinas na costa do mar Negro, apenas alguns dias depois que fortes incêndios arrasaram o litoral mediterrâneo e egeu do país.

As autoridades informaram que uma pessoa morreu de um ataque cardíaco em meio ao caos e uma idosa foi arrastada pela água e ainda não foi localizada.

O ministério da Saúde informou que oito pessoas foram hospitalizadas após o colapso de uma ponte.

No Twitter, seu ministro Fahrettin Koca afirmou que um hospital com 45 pacientes, quatro deles em cuidados intensivos, foi evacuado na região norte de Sinop por essas enchentes.

As autoridades locais tuitaram imagens dos socorristas empurrando barcos infláveis com os pacientes do hospital entre ruas inundadas.

Imagens da agência de notícias DHA mostravam o térreo do hospital coberto de água.

Chamas devastadoras

O ministro do Interior, Suleyman Soylu, disse que em algumas regiões costeiras do mar Negro, no norte do país, o nível da água subiu até os 3 e 4 metros.

As imagens da televisão mostraram cidades com a água na altura das placas com os nomes das ruas e dezenas de carros sendo levados pela forte corrente em uma rua de Kastamonu (norte).

"Do ponto de vista meteorológico, estamos diante de um desastre que não vimos em 50 ou 100 anos", afirmou o ministro da Agricultura, Bekir Pakdemirli.

Esses dilúvios na costa norte da Turquia chegam quando os bombeiros terminam de controlar os piores incêndios em décadas no país, que arrasaram o litoral sul e causaram a morte de oito pessoas desde o final de julho.

A Turquia lida com uma seca e uma sequência de desastres naturais que os cientistas consideram cada vez mais frequentes e violentos devido à mudança climática.

Há menos de um mês, seis pessoas morreram em inundações na província de Rize.

Quanto aos incêndios que queimam na costa sul, as autoridades informaram que ainda não controlaram apenas 3 dos 300 focos declarados desde 28 de julho.