OPINIÃO BR 364 - Rodovia é um “Corredor da Morte” e alicerce da economia de Rondônia Publicada em 28/08/2021 às 10:30 Assunto principal de várias Opiniões em edições anteriores, a BR 364, mais conhecida como “Corredor da Morte”, pelo número elevado de acidentes, a maioria deles com óbitos e a principal rodovia federal pavimentada de Rondônia precisa de reformulação e readequação urgentes. Além de conservação inadequada, pois a 364 deve ser refeita e não receber somente de paliativos, como o trabalho de tapa-buracos, que atende muito mais os interesses das empreiteiras, que todos os anos faturam com a ação emergente, mas inadequada. O prejuízo é para o usuário da rodovia. A BR 364 foi construída na década de 80, quando o maior caminhão da época era o trucado, a jamanta, como se dizia à época. A carga máxima que carregava era 15 toneladas. Hoje, as carretas, bitrens e treminhões chegam a transportar 50 toneladas, ou mais. Rondônia tem somente duas estações climáticas: verão, como agora, quando ficamos praticamente seis meses sem chuvas e inverno, quando chove praticamente todos os dias. Devido às chuvas no inverno a 364, no trecho entre Vilhena e Porto Velho, com cerca de 700 quilômetros fica todo esburacado, mais perigoso e favorecendo aos acidentes. O trabalho de recuperação é possível somente no verão, mas normalmente alguns trechos mais críticos e o tapa-buracos, nos demais. Não funciona. É importante destacar, que o alicerce não tem suporte técnico para poder atender a atual demanda de veículos pesados. Em períodos de safra de grãos de Rondônia e de boa parte do Mato Grosso do Sul, produção que é exportada pelo porto graneleiro de Porto Velho, no rio Madeira, passam pelo trecho Vilhena-Porto Velho, em média 2,5 mil veículos-dia. A 364 não tem alicerce para suportar esse volume de tráfego, por isso a recuperação é um atenuante, e não uma solução. Nos últimos dez anos Rondônia vem se destacando na produção de soja e milho. A previsão é que em futuro não muito distante o Estado estará entre os principais produtores de soja e milho, além do café, do Brasil, pois a produção é crescente ano a ano. O clima ajuda, as condições de topografia também e são fundamentais na investida que Rondônia está dando na produção de grãos. O governo do Estado deve exigir um posicionamento mais rigoroso da Bancada Federal de Rondônia (três senadores e oito deputados) pela cobrança da restauração da BR 364. E mais: após refazer a rodovia é necessário, que ela seja duplicada, porque hoje, em períodos de safras, além da precariedade do piso, da sinalização deficiente e fiscalização amena, mesmo em finais de semana fica difícil transitar principalmente no trecho Porto Velho a Ji-Paraná, com cerca de 380 quilômetros, porque não é possível realizar viagens (à serviço ou passeio) seguras. Motoristas de veículos de menor porte ficam “prensados” sem conseguir ultrapassagens seguras e permanecem perigosamente entre os veículos de carga. Além de o governo do Estado e Bancada Federal, os deputados estaduais e prefeitos também devem pressionar o governo federal, para que a nossa mais importante rodovia, canal de exportação de grãos pelo rio Madeira e garantia de economia fortalecida e tráfego seguro, seja restaurada e duplicada, já. As divisas de exportação não são restritas à Rondônia, mas à União. Fonte: Waldir Costa / Rondônia Dinâmica Leia Também Ministério da Saúde orienta dose de reforço em idosos acima de 60 anos Presidente do Chile anuncia doação de 100.000 vacinas anticovid ao Paraguai Vale resgata 33 dos 39 trabalhadores em mina no Canadá Comissão analisa PEC que garante recursos para a assistência social Prazo para declarar imposto sobre propriedade rural acaba quinta-feira Twitter Facebook instagram pinterest