EDITORIAL Caso Aélcio da TV relembra à sociedade de Rondônia na prática que políticos nem sempre podem tudo Publicada em 07/08/2021 às 09:33 Porto Velho, RO – O agora ex-deputado Aélcio José Costa, o Aélcio da TV, do Progressistas, é, no espectro político, representante do grupo dos apresentadores, dos famosos, daqueles que já tem vitrine antes mesmo do período eleitoral, do enxuto e injusto horário gratuito. E essa associação não é de agora. Ele certamente não será o último a vincular a ideia do bom homem âncora de programas popularescos àquela concepção coletiva quase sempre equivocada de que este, ao assumir um cargo público, agirá como herói, salvador da Pátria. No fim, é um homem como qualquer outro em qualidades e defeitos, passível de erros ordinários a exemplo dos demais mortais. Essa casta à qual pertence o parlamentar recentemente sacado do Poder pela Justiça Eleitoral naturalmente conserva vantagem em relação aos outros postulantes – especialmente os “ilustres” desconhecidos –, por conta de suas aparições diárias em emissoras de grande audiência. Até aí não há nada ilegal nem mesmo imoral, diga-se de passagem, vez que, o que pode fazer um cidadão se sua função é aparecer diante de inúmeras pessoas dia após dia? É um dever, acima de tudo um ofício rotineiro, visceral, profissional. É a trilha pela qual caminha. Agora, outra coisa completamente diferente, e é aí que se concentra o grande ponto da coisa toda, é abusar dos meios de comunicação para se promover eleitoralmente. Não adentrando ao mérito dos autos, porquanto já sacramentado por juízes e desembargadores, a acusação transformou-se em punição definitiva lançando Aélcio da TV para fora do mandato. Em seu lugar, entrou o conhecido Ribamar Araújo, do PR, que realizou também o trabalho jurídico, de fora para dentro, a fim de fazer valer as reiteradas decisões contrárias ao ex-membro da Assembleia Legislativa (ALE/RO). É do jogo. E o jogo tem seu regramento. E é o regramento que garante a manutenção da democracia. É decepcionante assistir à queda de um escolhido, porém é preciso lembrar que a decaída ocorreu em decorrência exclusiva de seus próprios passos trôpegos, desvirtuados. Alegar perseguição é, sobretudo, um desrespeito gritante às instituições, e, certamente, também à inteligência do povo rondoniense. Com recursos rejeitados inclusive pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que fica em Brasília, a pelo menos 2,6 mil quilômetros de distância de Porto Velho, o defenestrado apela à bizarrice argumentativa como quem monta um elo nacional conspiratório somente para prejudicá-lo. Como se Luis Felipe Salomão, corregedor-geral eleitoral e relator de um dos recursos de Aélcio da TV, não tivesse mais nada com que se preocupar além de criar percalços desnecessários à vida do apresentador. O ex-deputado poderia poupar sua audiência dessa embromação na hora da despedida, chamando para si a responsabilidade e preservando ainda alguma dignidade na derrota. Deixou o cavalo passar encilhado quando optou pela conversa estapafúrdia. A história, do começo ao fim, é mais uma prova cabal de que os políticos nem sempre podem tudo: e há uma fila de outros exemplos aguardando deslinde semelhante em suas respectivas situações. À sociedade fica o recado das hostes legais: o malhete é pesado para quem tem lombo de vidro. Fonte: Rondoniadinamica Leia Também Vídeo – Na CPI da COVID-19, Marcos Rogério é confrontado até mesmo por senadora governista Adelino Follador participa da entrega de distribuidor de calcário para Associação Rural Edwilson Negreiros comenta mudanças no Refis Municipal 2021: Câmara aumenta quantidade de parcelas para quitação de dívidas Porto Velho investe R$ 1,5 milhão na melhoria do trânsito, feijoada no sistema drive-thru para comemorar Dia do Advogado, geada deverá favorecer cafeicultor de Rondônia Governador Marcos Rocha diz que Jorge Teixeira desenvolveu ações importantes para o Estado de Rondônia e para o Exército Brasileiro Twitter Facebook instagram pinterest